Frentes de atuação

Reinaldo Farias Paiva de Lucena

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Projeto: Estudo ecológico, etnobotânico e sócio econômico de Dypteryx alata Vog. (Baru) em Nioaque, MS.
Investimento PRS – Cerrado: R$ 200.000,00
Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Execução da Pesquisa: Mato Grosso do Sul
Instituições Parceiras: CEPPEC e ECOA
Status de execução: Execução financeira finalizada em ago/2023
Linha Temática: Sustentabilidade na Produção Agropecuária

Explorando o Potencial do Baru em Nioaque, MS!
Reinaldo Lucena, coordenador do projeto,  professor e pesquisador do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, conduziu um estudo sobre Dipteryx alata Vog. (Baru) na encantadora área de Nioaque, localizada no coração do Cerrado, no corredor extrativista do Mato Grosso do Sul.

O projeto visa explorar os mistérios e vantagens do Baru para as comunidades locais e o ecossistema. Investigou-se profundamente a ecologia, a genética, a bioeconomia através da cadeia socioprodutiva, a interação entre as pessoas e a planta (estudo etnobotânico), e os impactos socioeconômicos e ambientais dessa espécie singular e significativa no bioma Cerrado.

O Baru é uma planta com múltiplas funções. Além de ser uma fonte de alimento, de ganhos financeiros e de influência cultural para os habitantes de Nioaque e de todas as regiões que abrigam o bioma Cerrado. Entender a importância dele na fauna e flora locais, assim como na economia das comunidades e cidades, é fundamental para assegurar um amanhã sustentável para todos.

O estudo foi realizado utilizando diferentes metodologias, para compreender a cadeia socioprodutiva e conhecer os diversos usos do baru, utilizamos entrevistas semiestruturadas, turnês guiadas com os extrativistas. O estudo ambiental sobre a disponibilidade do baru na região foi conduzido por métodos ecológicos e geográficos (mapas). Para conhecer a diversidade genética e verificar se o manejo está interferindo na diversidade genética das populações de baru, utilizamos métodos da genética e biologia celular. 

Os dados obtidos na pesquisa apresentam possibilidades de aplicação em diversos contextos, em especial no sistema ILPF – Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Os resultados indicam que o cumbaru, juntamente com outras espécies nativas do bioma Cerrado, pode ser integrado nesse sistema e em outras práticas agrosilvopastoris, de modo sustentável. Além disso, essas informações são relevantes para o entendimento das redes socioprodutivas, abrangendo desde a presença da espécie em áreas florestais e humanizadas até sua comercialização, com o intuito de identificar desafios e possíveis soluções. O conhecimento da diversidade genética das populações pode auxiliar na seleção das melhores matrizes para um plantio comercial e sustentável do cumbaru. Por fim, a pesquisa resultou em aprendizados e estímulos para práticas sustentáveis que favorecem tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais, especialmente os extrativistas de Baru.

Adicionalmente, a pesquisa ajudou a abrir caminho para o surgimento de novos modelos de previsão, que se baseiam na vivência das populações humanas em seu meio ambiente. Esses modelos têm como objetivo a elaboração de estratégias de gestão ambiental local viáveis, sustentáveis e com a participação ativa das comunidades locais e seus conhecimentos. Tudo isso em conformidade com os princípios da abordagem biocultural de conservação.

Venha conosco e acompanhe de perto a interação entre a sociedade e o Baru, e de que forma essa interação pode assegurar a preservação e sustentabilidade dessa espécie!

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