Hoje falamos sobre o Mato Grosso. No estado, atuamos com 3 Microrregiões, 25 municípios e uma área de mais de 155 mil ha de área total de propriedades envolvidas. Nossas atividades acontecem por meio de 32 Unidades Demonstrativas (UDs), 845 Unidades Multiplicadores (UMs) e 10 Organizações Socioprodutivas (OSPs).

Ao todo, contamos com 887 produtores e produtoras rurais mato-grossenses que participam e se beneficiam de nossas atividades. Um deles é José Aparecido Daguano Ferrario, produtor da Fazenda Paulista, uma de nossas Unidades Demonstrativas (UDs) da região de Jaciara (MT). Ele destaca a importância do projeto para superar desafios no campo e dar assistência que atendam futuras exigências do mercado rural.

“O Projeto Rural Sustentável – Cerrado está sendo de extrema importância para todos nós, ele nos mostra que é possível encarar todos os desafios no meio rural, nos apresentando possíveis soluções para o cotidiano do produtor e possibilitando troca de experiências que superam as distâncias do estado. Gostaria de expressar aqui a minha gratidão por tudo e por todos.”

Esta é uma continuidade à nossa série especial de matérias sobre nossas atividades em cada um dos quatro estados de atuação: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Se você ainda não leu a primeira matéria sobre o estado de Goiás, clique aqui.

Ações de Campo

Nossas atividades em campo visam articular e fortalecer as redes de parceiros, assim como estreitar as relações com produtores(as) rurais. No estado, a Assistência Técnica de Extensão Rural (ATER) para as UDs é realizada por uma das 49 instituições pré-qualificadas. Até o momento, as ATERs já realizaram 64 visitas nas Unidades Demonstrativas do projeto. Além disso,  outra ação importante são os Dias de Campo (DCs). De dezembro de 2021 a julho de 2022, o PRS – Cerrado  realizou 36 DCs no estado de Mato Grosso, com uma média de 43 participantes por evento.

A Coordenadora Estadual Renata Taques ressalta que o Mato Grosso possui desafios territoriais e regulatórios, mas que o Projeto chegou como uma iniciativa promissora para o estado. “O campo necessita do nosso olhar e os produtores e produtoras rurais carecem do conhecimento e assistência técnica qualificada que estão sendo oferecidos pelo projeto, seja com ações presenciais como a ATER e os dias de campo, bem como as atividades de ensino a distância. Tem sido gratificante fazer parte do trabalho e ver o sorriso no rosto de cada pessoa!”

Saiba mais detalhes sobre nossa atuação no campo: https://www.ruralsustentavel.org/frente-de-atuacao/campo/

Ações de Capacitação

O EaD Introdutório, parte de nossas ações de capacitação, feito em parceria com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho, é aberto para todos(as) que desejam se aperfeiçoar em conceitos envolvendo mudanças climáticas e estratégias de desenvolvimento rural sustentável. Até o momento, 34 mato-grossenses estão inscritos(as) no EaD, dando mais um passo para expandirem os seus conhecimentos.

No Mestrado Profissional, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), pessoas com nível superior buscam a pós-graduação stricto sensu para aprimorar os seus conhecimentos em práticas produtivas sustentáveis. A engenheira agrônoma Raimunda de Mello, do município de Barra do Garças (MT), é uma dessas estudantes.

“O cenário climático atual exige profissionais bem preparados para disseminar práticas produtivas sustentáveis e uma agropecuária de baixa emissão de carbono. Esse mestrado chegou trazendo a possibilidade de aprender e renovar o conhecimento sobre o impacto das mudanças climáticas na agropecuária e ajudar na difusão do conhecimento com base científica”, destaca Raimunda.

Outra ação de sensibilização e empoderamento é a popularização da produção rural sustentável nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. No estado, 11 escolas participam destas atividades, sendo 36% delas rurais e 55% urbanas.

Confira mais detalhes sobre nossa frente de capacitação: https://www.ruralsustentavel.org/programa-de-capacitacao/ 

Ações de Pesquisa

No estado, desenvolvemos ações com 10 projetos de pesquisa e investimento de recursos na ordem de mais de R$ 1 milhão de reais. Por um lado, temos as Pesquisas Direcionadas, que contam com a expertise da Embrapa, e possuem o objetivo de realizar diversos estudos, que envolvem potenciais de mitigação de GEE por meio da implantação dos sistemas de integração a índices de desmatamento evitado, assim como tantas outras. Por outro, por meio de editais, atuamos em conjunto com outras instituições de ensino e pesquisa, como Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS),  Instituto Federal do MS (IFMS) e Instituto Homem Pantaneiro (IHP).

Veja os detalhes: https://www.ruralsustentavel.org/frente-de-atuacao/pesquisas/ 

Ações de Finanças Verdes

No estado foram realizadas oficinas de estudos sobre incentivos fiscais, tributários e creditícios para agropecuária de baixa emissão de carbono. Além disso, contamos com a certificação da produção, que também é um dos braços de atuação do projeto na área de Finanças Verdes. Até o momento, todas as 32 UDs de Mato Grosso receberam técnicos (ATECs), que aplicaram um primeiro diagnóstico, avaliando a propriedade como um todo e sua proximidade com os esquemas de certificação considerados  promissores para a região.

O conceito da certificação aproxima nossos atores rurais a boas práticas de gestão e produção, com base em padrões mundiais de sustentabilidade. Quem realiza esse contato em campo são os Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATECs), que em Mato Grosso são mais de uma dezena. Para qualificar as ações do projeto, todos(as) os(as) ATECs participaram dos cursos de 6 esquemas de certificação: FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal), Rainforest Alliance (Aliança para Floresta Tropical), Certifica Minas, Carne Carbono Neutro (CCN), Orgânicos Brasil e RTRS (Round Table on Responsible Soy ou Associação Internacional de Soja Responsável).

Sobre o Projeto

Somos resultado de uma Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como beneficiário institucional, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) como responsável pela sua execução e administração. A Embrapa é a responsável pela coordenação científica e a Associação Rede ILPF pelo apoio técnico.