Futuro Sustentável: o que dizem os especialistas sobre as mudanças climáticas?
O Brasil possui uma situação muito peculiar do ponto de vista de emissões de gases de efeito estufa, onde 52% das nossas emissões estão associadas ao desmatamento de florestas tropicais, no caso a Amazônia, e cerca de 30% das emissões associadas à produção de alimento, como é o caso do Cerrado. É o que afirma Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo em entrevista para o Projeto Rural Sustentável - Cerrado.
Essas emissões podem ser de metano com relação à pecuária, ou emissões de dióxido de carbono por um uso inadequado do solo na produtividade agrícola. A qualidade do solo e a produtividade agrícola dependem de um ambiente saudável e equilibrado, o que é possível ao manter o carbono no solo, alimentando bactérias que fixam o nitrogênio nas plantas.
Ainda segundo o professor Paulo Artaxo, “investir em larga escala em restauração florestal é um dos caminhos que o Brasil tem que seguir se quisermos ter, nas próximas décadas, a mesma produção de alimentos que temos hoje”. Essa é uma ação importante que deve estar presente na realidade brasileira e ela já é uma das ações objetivas do PRS - Cerrado, que visa mitigar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e aumentar a renda de pequenos(as) e médios(as) produtores(as) no bioma Cerrado, promovendo a adoção de tecnologias produtivas de baixa emissão de carbono, como a Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD) e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
https://www.youtube.com/watch?v=S62gq-tl8lM&list=PLb97GwY49gU_oyfl7Hi-Fe2b-7WZhsrAQ&index=1&pp=iAQB
Para o climatologista Carlos Nobre, “se você pratica uma agricultura regenerativa, utiliza os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, você torna a agricultura muito mais resiliente com relação aos extremos climáticos que já estão acontecendo. Você aumenta muito a qualidade da agricultura e a resiliência, tornando a atividade também mais econômica”.
E o desafio de fazer essa transformação para uma agricultura e agropecuária sustentável é completamente possível de ser superado pelo Brasil, segundo o especialista. Em 2015, o Brasil assinou o Acordo de Paris tendo como meta a redução de suas emissões de gases do efeito estufa em até 43% até 2030. O tratado internacional abrange mitigação, adaptação e financiamento à mitigação das mudanças climáticas.
“O Brasil é um dos poucos países no mundo de grande emissão – nós somos os quintos maiores emissores – que pode ser o primeiro a atingir essa meta de emissão líquida zero em todos os biomas brasileiros”, destaca o climatologista.
https://www.youtube.com/watch?v=4riSPFLnFXA&list=PLb97GwY49gU_oyfl7Hi-Fe2b-7WZhsrAQ&index=2
Quando falamos especificamente do Cerrado, é importante lembrar do papel fundamental deste bioma na proteção dos recursos hídricos brasileiros. O Cerrado é um bioma com características particulares, de grande biodiversidade e cultura associadas a esses recursos naturais. Quando se junta tudo isso, é preciso saber os prejuízos ambientais e culturais que o desmatamento pode causar. Quem faz esse alerta é a ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, também em entrevista para o PRS - Cerrado.
“Quando nós conseguimos reduzir o desmatamento, a gente consegue, de forma incrível, reduzir as emissões de CO2 [...] e o Brasil está comprometido a fazer isso evitando os efeitos indesejáveis dessa mudança, criando um novo ciclo de prosperidade que possa combater as desigualdades e melhorar a vida das pessoas, mas com sustentabilidade. Pensar na justiça climática é pensar não só em mudar a maneira de fazer, é pensar na nossa maneira de ser”, ressalta a ministra.
Para isso, é fundamental que se tenha uma economia diversificada, e a diversificação passa pelas atividades agrícolas, que devem aumentar a produção por ganho de produtividade com as inovações que já estão comprovadas, como também é o caso dos Sistemas Agroflorestais (SAFs), por exemplo.
https://www.youtube.com/watch?v=NQoWTvwW8mM&list=PLb97GwY49gU_oyfl7Hi-Fe2b-7WZhsrAQ&index=3
Em torno das consequências das mudanças climáticas para as minorias, a coordenadora de Justiças Climáticas do Ministério dos Povos Indígenas, Suliete Baré, também faz o seu alerta: “Quando se destrói o meio ambiente para construção de grandes empreendimentos, você está diretamente e indiretamente atingindo as minorias, nesse caso, os povos indígenas, que também sofrem as consequências dos desastres ambientais.”
Segundo Suliete, as atividades humanas estão interferindo de forma negativa na questão climática e o mundo inteiro precisa estar mais atento para mudar isso.
“Não tem como falar de mudanças climáticas e do enfrentamento à crise climática sem falar da proteção das terras indígenas e dos saberes tradicionais dos povos indígenas, que vêm há séculos cuidando e protegendo as florestas [...] povos indígenas, inclusive, que não estão presentes somente na região amazônica, mas em outros biomas também”, lembra a especialista.
https://www.youtube.com/watch?v=t2NmvQP5k1Y&list=PLb97GwY49gU_oyfl7Hi-Fe2b-7WZhsrAQ&index=4
Para falar de sustentabilidade, a primeira coisa que deve ser estabelecida são quais os objetivos que serão aplicados em cada propriedade para torná-la sustentável. Um desses grandes marcos de objetivos é a Agenda 2030 da ONU, que fala sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas a serem atingidas até 2030 para um mundo melhor para todos os povos e nações.
Carlos Gregório, professor de Agricultura Sustentável da Universidade Politécnica de Madri, na Espanha, indica os primeiros passos para aplicar tais objetivos na atividade agrária: “A primeira coisa que precisamos olhar são os quatro grandes atributos da sustentabilidade – econômica, social, ambiental e de governança. Esses quatro atributos têm a mesma importância e irão definir a sustentabilidade de uma propriedade.”
A sustentabilidade econômica foca na geração e distribuição de uma renda mais justa, utilizando meios que preservem os recursos naturais. O lado social se liga ao conjunto de ações que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas através da diminuição da desigualdade social e a garantia de acesso a serviços básicos como saúde e educação, por exemplo. No ambiental, está o respeito à biodiversidade e o uso consciente dos recursos naturais, de modo que eles não se esgotem para as próximas gerações. E, por fim, o atributo da governança foca no fortalecimento das governanças locais e no comprometimento das mesmas para que sigam as normas ambientais e se organizem adequadamente em todas as questões sustentáveis.
https://www.youtube.com/watch?v=VpIqEdsfBpY&list=PLb97GwY49gU_oyfl7Hi-Fe2b-7WZhsrAQ&index=5
Da década de 70 para os dias atuais, o Brasil saiu de uma situação de insegurança alimentar e fez a grande mudança que hoje é chamada de agricultura adaptativa, ou regenerativa. Hoje, o país é o maior exportador de alimentos do mundo, uma vantagem competitiva muito grande ao considerar território, recursos naturais e a competência para produzir com sustentabilidade.
Quem pontua essa informação é Renata Miranda, Ex-secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Segundo ela, os desafios sociais existem e o Brasil ainda tem algumas escalas econômicas para subir, mas é importante que possamos compreender o potencial do país em questão de agropecuária sustentável.
“E quando falamos de Cerrado, o bioma tem um significado muito forte no desenvolvimento do país. O Cerrado não tem só um valor histórico, mas tem também um componente importante nessa produtividade que nos orgulha tanto. [...] Aquele produtor que não reconhece que é preciso preservar para produzir está corrompendo o sucesso futuro dele e das gerações que virão depois dele”, destaca Renata Miranda.
https://www.youtube.com/watch?v=1U5l5cVIQVk&list=PLb97GwY49gU_oyfl7Hi-Fe2b-7WZhsrAQ&index=6
Com atuação em quatro estados brasileiros – Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais – e em mais de 100 municípios, o PRS - Cerrado tem como diretrizes melhorar a renda e a qualidade de vida de pequenos produtores e produtoras rurais; garantir acesso à assistência técnica, à capacitação e ao crédito; fortalecer organizações socioprodutivas; investir em pesquisas sobre agropecuária sustentável; e disseminar a implantação de tecnologias de baixa emissão de carbono. Entre suas frentes de atuação, está o Programa de Capacitação, com atividades formativas para atender os diferentes públicos do projeto. São diversas atividades: Dias de Campo; cursos de Educação à Distância (EaD), em parceria com o Canal Futura; Mestrado Profissional, em conjunto com a Universidade Federal de Lavras (UFLA); Cursos Presenciais; e ações de empoderamento social.
O projeto é resultado de uma Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como beneficiário institucional, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) como responsável pela sua execução e administração. A Embrapa é a responsável pela coordenação científica e a Associação Rede ILPF pelo apoio técnico.
Projeto lança livro Inovações Rurais no Cerrado: Pesquisas para prática sustentável
Está disponível o livro “Inovações Rurais no Cerrado: Pesquisas para a prática sustentável”. A publicação do Projeto Rural Sustentável - Cerrado simboliza a finalização das ações de pesquisa do Projeto e registra todos os principais resultados científicos alcançados por esse investimento ao longo de aproximadamente dois anos. A leitura é online e gratuita para todos(as).
O livro contou com a contribuição de pesquisadores(as), analistas, técnicos(as), bolsistas e consultores(as) para a promoção do desenvolvimento rural sustentável no bioma Cerrado. Ao todo, são mais de 600 pessoas envolvidas na geração de resultados com impactos diretos na sustentabilidade do campo. Estudos que certamente incentivarão novas pesquisas, projetos e políticas públicas.
O livro foi oficialmente lançado no evento Seminário Final das Pesquisas e Apresentação da Produção Técnica e Acadêmica da 1ª Edição do Mestrado Profissional. A ocasião reuniu pesquisadores(as) e estudantes da primeira edição do Mestrado Profissional, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), para apresentarem os principais resultados das pesquisas e de seus trabalhos técnicos. O evento também foi transmitido online e ainda pode ser assistido no canal do IABSTV, no YouTube.
Inovação e Pesquisa no PRS - Cerrado
Em cerca de dois anos de execução das ações, o PRS - Cerrado apoiou financeiramente a execução de projetos de pesquisa, totalizando mais de R$ 12 milhões investidos em 35 pesquisas, conduzidas por mais de 30 instituições.
O objetivo foi a promoção da geração de conhecimento e fortalecimento de instituições de ensino e pesquisa no desenvolvimento de estudos relacionados à agropecuária sustentável e de baixa emissão de carbono no bioma Cerrado. As pesquisas foram divididas em duas linhas de atuação, sendo elas:
- Pesquisas Direcionadas – englobam os projetos que objetivam responder às principais lacunas e demandas de conhecimento atuais sobre tecnologias de baixa emissão de carbono e temas afins, com colaboração direta da Embrapa;
- Edital de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) – foram selecionadas e viabilizadas pesquisas em modelos de produção sustentável nos territórios abrangidos pelo PRS – Cerrado, com a participação ativa de diversas instituições nacionais e regionais.
Saiba mais sobre as ações de Pesquisa do PRS - Cerrado.
11 de setembro é Dia Nacional do Cerrado
Savana mais biodiversa do planeta, berço das águas do Brasil e o segundo maior bioma do país: este é o Cerrado! E neste 11 de setembro, celebramos o Dia do Cerrado ao relembrarmos a grandeza deste bioma e os compromissos do Projeto Rural Sustentável - Cerrado frente aos principais desafios enfrentados por ele.
Cerrado: biodiversidade e desafios
Localizado no Planalto Central do Brasil, o Cerrado está presente em 11 estados, abrangendo 24% do território brasileiro e tendo uma extensão territorial de 2 milhões de quilômetros quadrados – a área equivale ao tamanho dos países Portugal, Espanha, França e Itália juntos! O bioma também é estratégico para a manutenção dos recursos hídricos na América do Sul devido às cabeceiras dos rios que alimentam as principais bacias hidrográficas do subcontinente. E é por conta disso que ele recebeu o nome de berço das águas do Brasil.
Apesar das funções vitais desempenhadas pelo bioma, a expansão agrícola que já domina cerca de 46% das áreas nativas do Cerrado tem sido uma das principais atividades responsáveis pelo aumento da quantidade de carbono na atmosfera. Portanto, por mais que o Cerrado carregue toda a sua biodiversidade consigo, o desmatamento, o calor extremo, a seca e os incêndios frequentes, trazem graves problemas ao funcionamento dos ecossistemas.
Para que haja uma estabilidade climática local e regional, é preciso pensar na conservação do Cerrado buscando evitar o desmatamento ilegal. Além disso, é importante promover uma agricultura sustentável ao recuperar as áreas degradadas e fortalecer os produtores e produtoras locais, garantindo a eles(as) acesso a recursos naturais e promovendo o aumento da produtividade da área.
PRS - Cerrado: em busca de um rural mais sustentável
Pensando nesses desafios, o Projeto Rural Sustentável - Cerrado assumiu o compromisso de promover soluções positivas para a natureza, realizando um trabalho em conjunto com todos os atores envolvidos na produção rural.
Com o objetivo geral de mitigar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e aumentar a renda de pequenos(as) e médios(as) produtores(as) no bioma Cerrado, o Projeto vem promovendo práticas sustentáveis por meio da adoção de tecnologias produtivas de baixa emissão de carbono, fortalecimento de organizações produtivas locais, apoio e assistência técnica e extensão rural gratuita, além da facilitação do acesso ao crédito.
“O nosso trabalho dentro do Projeto Rural Sustentável - Cerrado vem de um compromisso que todos nós buscamos com a sustentabilidade e com um bioma tão importante como o Cerrado. E fazemos isso de forma singular, sempre em conjunto com os(as) produtores(as) rurais. O resultado desse compromisso é alcançado quando trabalhamos em harmonia, visando um futuro próspero para o campo e para as próximas gerações”, destaca a Coordenadora de Campo do PRS - Cerrado, Marília Ramos.
Cursos de Educação a Distância (EaD), Mestrado Profissional, ações de popularização da agropecuária sustentável junto a escolas públicas, Cursos Presenciais e Dias de Campo são algumas das ações realizadas pelo Projeto desde 2019. Com atuação em 101 municípios presentes nos estados do Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, já são cerca de 3.700 propriedades rurais envolvidas, com mais de 500 Dias de Campo realizados, mais de 15 mil participantes em ações de sensibilização, treinamento e capacitação, 40 Organizações Socioprodutivas (OSPs) apoiadas e 12 milhões aplicados em pesquisa, tudo para alavancar o uso sustentável de 280 mil hectares de propriedades envolvidas.
Agricultura de baixo impacto ambiental é exemplo de produção eficiente e sustentável
Diversa, a agricultura sustentável apresenta características distintas para cada estado, região e bioma do país. Ela é construída no dia a dia de quem produz, seja em campos, savanas, semiáridos, florestas e outros ecossistemas. É feita por pessoas assentadas, produtores e produtoras, quilombolas, indígenas, silvicultoras e extrativistas.
Respeitando as especificidades de cada território, o Programa Rural Sustentável (PRS) desenvolve práticas alternativas que buscam alavancar a produção agrícola de baixa emissão de carbono em biomas estratégicos. A partir dele, foram criados o Projeto Rural Sustentável - Cerrado, o Projeto Rural Sustentável - Amazônia (ambos em andamento) e o Projeto Rural Sustentável - Caatinga (finalizado em 2023).
Em direção ao fortalecimento da agricultura de baixo impacto ambiental e redução dos gases do efeito estufa, um dos principais eixos do Programa é o incentivo às agriculturas - principalmente a quem produz e vive daquilo que maneja. Algumas dessas formas de produção são a Agricultura Familiar, os Sistemas Agroflorestais (SAFs), a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e as Tecnologias Sociais.
Projeto Rural Sustentável - Cerrado
Savana mais biodiversa do planeta e o berço das águas do Brasil, o Cerrado está presente em 11 estados, abrangendo quase um quarto da área brasileira, com uma extensão territorial de 2 milhões de quilômetros quadrados.
Nos 101 municípios abrangidos pelo Projeto Rural Sustentável - Cerrado, nos quatro estados de atuação - Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais -, é colocado de frente o desafio de mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) ao mesmo tempo em que se busca aumentar a renda e a sustentabilidade de pequenos e médios produtores e produtoras rurais. Na prática da agricultura, estes produtores encontram uma forma de produzir os próprios alimentos, garantir renda própria, comercializar produtos e gerar empregos no campo.
Além disso, Organizações Socioprodutivas (OSPs) apoiadas pelo Projeto também atuam no fortalecimento da agricultura familiar em suas regiões. Ao lado de todos esses trabalhadores rurais, é possível ir além da produção de frutas e verduras nativas, mas também ampliar os mercados de comercialização de produtos agroecológicos e estimular o consumo consciente. Tudo isso acontece com uma agricultura e agropecuária pensadas de forma sustentável, junto a tecnologias de baixa emissão de carbono como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
Alternativa para aumentar a dinamicidade e sustentabilidade produtiva, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta consiste na produção sustentável que incorpora pecuária, agricultura e práticas florestais. Mais uma forma de mitigar e adaptar o campo às mudanças climáticas, a ILPF reduz o desmatamento e tem alto potencial de sequestro de carbono. Para o Brasil, esse é um caminho para recuperar os 69 milhões de hectares de pastagens com degradação moderada ou severa no país — informação do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig/UFG). Assim, possibilita o aumento da produtividade sem abrir novas áreas de vegetação nativa.
No Projeto Rural Sustentável - Cerrado, já são cerca de 3.700 propriedades rurais envolvidas, com mais de 500 Dias de Campo realizados, e mais de 15 mil participantes em ações de sensibilização, treinamento e capacitação, tudo para alavancar o uso sustentável da terra de 360 mil hectares de área total de propriedades envolvidas.
Para o Projeto, o agricultor é um dos protagonistas. “O PRS - Cerrado possui, em sua maioria, pequenos (as) produtores (as) rurais como beneficiários (as). Desde a seleção, buscamos ajustar as atividades para este público, que tem recebido muito bem as diversas atividades de capacitação, assistência técnica e fortalecimento de suas organizações socioprodutivas”, detalha a coordenadora de campo do Projeto, Marília Ramos. “Estar mais uma vez lado a lado com agricultores familiares e acompanhar os avanços em suas propriedades tem sido um enorme aprendizado”, complementa.
Saiba mais sobre o Projeto Rural Sustentável - Cerrado.
Projeto Rural Sustentável - Amazônia
O bioma Amazônia, conhecido pela sua vasta extensão territorial e rica sociobiodiversidade, também abriga mais de um milhão de produtores — dos quais mais de 89% são pequenos agricultores, de acordo com o Censo Agropecuário de 2017. Por lá, o conhecimento ancestral reflete nas práticas produtivas das populações locais, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais e o sustento das famílias.
No bioma, o Projeto Rural Sustentável - Amazônia atua em três estados e é parceiro de 18 Organizações Socioprodutivas (OSPs), que trabalham com seis cadeias produtivas: no Amazonas, com a castanha-do-Brasil e pirarucu de manejo; no Pará, com o açaí e o cacau; e em Rondônia, com o café e peixes redondos. As organizações atuam diretamente com a agricultura familiar e com a aquicultura, atividades de baixa emissão de carbono e fonte de renda das comunidades indígenas, quilombolas e demais comunidades locais envolvidas no Projeto.
E foi pensando nas diferentes realidades que compõem a Amazônia que o Projeto tem buscado apoiar cada produtor e produtora, desde o cultivo até a comercialização dos seus produtos. São ações que buscam em conjunto alternativas para fortalecer a cadeia produtiva, para aumentar a renda e para ter maior acesso a mercados, sempre aliando produtividade à conservação do meio ambiente local. Nessa trajetória, também queremos criar alternativas que agreguem valor à produção local e que fortaleçam mercados diferenciados.
A coordenadora estadual no Pará, Carla Furtado, explica que a atuação do PRS - Amazônia parte do respeito às tradições locais e também da implementação conjunta de estratégias sustentáveis e inovadoras, que promovam o bem-estar social das famílias produtoras.
“Neste sentido, as ações do Projeto Rural Sustentável Amazônia vêm incentivando cada vez mais o fortalecimento da Sociobioeconomia nos três estados de atuação e nas seis cadeias produtivas. Essas atividades têm o objetivo de assegurar o desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e a inclusão social, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e deixando um legado para gerações futuras”, finaliza.
É por meio desse conjunto de ações que o PRS-Amazônia busca construir, com as organizações, produtores e produtoras locais, um futuro mais justo, próspero e sustentável, para todos e todas.
Saiba mais sobre o Projeto Rural Sustentável - Amazônia.
Projeto Rural Sustentável - Caatinga
Um bioma exclusivamente brasileiro é a Caatinga. Semiárido mais biodiverso do mundo, faz parte da região com a agricultura familiar mais produtiva do país. É lar de 27 milhões de habitantes, com diversa dimensão social, humana e cultural, rica em formas tradicionais de lidar com o território e a natureza. E tem muito o que ensinar sobre adaptação e resiliência climática.
Considerando isso, o Projeto Rural Sustentável - Caatinga (PRS - Caatinga) trabalhou durante quatro anos (2019-2023) nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piauí e Sergipe, em 31 municípios. Movido pela missão de reduzir as emissões de gases do efeito estufa e viabilizar a economia no bioma, sua força motora também foi o desejo de reduzir a pobreza local e contribuir para a segurança alimentar.
Aliada à percepção de uma agricultura regenerativa e sustentável, foram construídas Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono (TecABC) — como Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta e o Manejo Sustentável de Florestas — para mais de 1.500 famílias produtoras rurais do território. Em parceria com 20 entidades dos Arranjos Produtivos Locais, foram mais de 5 mil pessoas impactadas. Nesse cenário, as Tecnologias Sociais de Convivência com o Semiárido nordestino (TS-CSA) e o incentivo ao cooperativismo e à sociobioeconomia foram estruturais para concretizar a missão do Projeto.
Relevantes para desenvolver e otimizar a produção, fortalecer a autonomia da agricultura local e melhorar a qualidade de vida na Caatinga, as tecnologias sociais são instrumentos, técnicas e metodologias reaplicáveis, acessíveis e construídas de forma comunitária. Desenvolvidas pelos produtores locais e transmitidas por gerações, promovem soluções efetivas para transformação social, territórios sustentáveis e saudáveis e as seguranças hídrica, energética e alimentar.
Biodigestores, fossas jardim, dessalinizadores, as cisternas enxurrada e calçadão, ecofogões e os Sistemas Agroflorestais são exemplos de tecnologias sociais incentivadas pelo PRS - Caatinga. Além de reduzir os custos – promovendo acessibilidade —, essas ferramentas reduzem as perdas agrícolas, auxiliam no melhor armazenamento dos recursos naturais e da produção, fortalecem a qualidade do solo e, principalmente, apoiam a capacidade de resposta e proteção do agricultor diante de eventos extremos ligados à seca.
Ao final, o PRS - Caatinga evitou o desmate de 244,16 hectares (ha) no semiárido e reduziu cerca de 1.2 milhão de toneladas de CO2 (gás carbônico) emitidos na atmosfera. Para garantir a autonomia técnica no bioma e possibilitar a continuidade das práticas produtivas sustentáveis, 700 profissionais de Assistência Técnica e Extensão Rural foram capacitados em Tecnologias de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono.
“Nossos resultados, que superam todas as metas estabelecidas no início deste caminho, mostram que a percepção de que o bioma [Caatinga] tem papel relevante e estratégico na agenda ambiental estava correta. Mais que isso, os sorrisos, abraços e as histórias de desconfiança iniciais superadas ao ver áreas antes improdutivas se transformarem em segurança alimentar e aumento de renda, coletadas ao longo desses quatro anos, nos dão a certeza de que todos podem e querem contribuir para um planeta sustentável”, rememora o diretor do PRS - Caatinga, Pedro Leitão.
Saiba mais sobre o Projeto Rural Sustentável - Caatinga.
Fortalecer a agricultura de emissão de carbono rumo à sustentabilidade
Sendo uma construção conjunta, o Programa Rural Sustentável é fruto de parcerias que vão além das muito importantes tecnologias sociais, alternativas agrícolas, etapas de pesquisa e atividades de campo. É uma tapeçaria de histórias, transformações de vidas e um caminho de soluções para o presente e futuro. Nesta trajetória, os agricultores e as agricultoras são essenciais.
Retrospectiva do PRS – Cerrado em 2023: Um ano de inovação e prática
Os debates e as ações de sustentabilidade do Projeto Rural Sustentável – Cerrado marcaram mais um ano de grandes conquistas em 2023! Seja no campo ou nas salas de aula, a difusão de conhecimentos em torno de uma agropecuária mais sustentável e de baixa emissão de carbono fizeram parte do dia a dia de diversas pessoas beneficiadas pelo Projeto, como produtores e produtoras rurais, representantes de organizações socioprodutivas, estudantes, técnicos(as) e instituições de ATER, e pesquisadores(as).
Por dentro de 2023
Começamos o ano dando início às primeiras aulas do EaD Avançado em Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Rural Sustentável no Cerrado, para os(as) Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATECs) que já haviam concluído o EaD Introdutório.
Neste ano, a parceria do PRS – Cerrado com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho, também continuou a dar muitos frutos. Um deles foi o programa de TV “Conservar e Produzir: Cerrado”, com episódios variados em temas como os sistemas integrados de produção, a recuperação de pastagens degradadas, os desafios e oportunidades para a produção sustentável, além de Agro 4.0, fortalecimento de Organizações Socioprodutivas, entre outros.
E por falar em boas parcerias, demos boas-vindas para os(as) alunos(as) da 2ª Edição do Mestrado Profissional, realizado em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA). Logo em seguida, os estudantes tiveram a oportunidade de participar de uma Aula Magna com a Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e professora da Universidade de Brasília (UnB), Mercedes Bustamante. Até que, em abril, a 2ª Edição do Mestrado realizou a sua primeira semana presencial.
Ainda dentro das ações do Programa de Capacitação, realizamos os eventos de premiação das escolas participantes da Jornada de Aprendizagem das Ações da Popularização da Produção Rural Sustentável e do Jogo Coopera Cerrado do ano de 2022. Todas as escolas, dos quatro estados de atuação do projeto, que participaram da Jornada e realizaram as missões e desafios propostos pelo Jogo Coopera Cerrado foram premiadas na ocasião. As escolas premiadas pela categoria Super Sustentável também ganharam um evento para celebrar essa conquista.
Seguindo para as ações junto aos(às) nossos(as) produtores(as) rurais, o Projeto realizou, ao longo do primeiro semestre do ano, 40 Oficinas de Construção dos Planos de Negócios (PNs). Os eventos serviram para uma construção técnico-participativa dos PNs por meio de demandas coletivas previamente levantadas pelos(as) produtores(as) rurais de Unidades Multiplicadoras (UMs) vinculados(as) a cada Organização Socioprodutiva (OSP) do projeto.
Dentro das ações junto às Pesquisas, tivemos uma Reunião de Alinhamento sobre o Reporte das Metas de Emissões Mitigadas e Desmatamento Evitado, junto aos pesquisadores e pesquisadoras apoiados pelo PRS – Cerrado. Além disso, algumas pesquisas foram apresentadas em Dias de Campo (DCs), com o intuito de comentar os resultados destes importantes estudos, foi o caso dos eventos em Morrinhos (GO) e Uberaba (MG).
A primeira rodada dos Cursos Presenciais, junto aos Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATECs), também foi realizada como importante peça da Jornada de Aprendizagem do Programa de Capacitação, compostas por dois dias de aulas e um Dia de Campo (DC) em cada estado. Com base na metodologia da "sala de aula invertida", os(as) participantes tiveram a oportunidade de praticar os conhecimentos adquiridos nos cursos de EaD.
Sobre a Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), nossa equipe se juntou às instituições e realizou diversas visitas em Unidades Multiplicadoras (UMs) que fazem parte do Projeto, sendo uma oportunidade para criar um vínculo de escuta entre o Projeto e os produtores(as) beneficiados(as).
E para finalizar o ano de forma notável, alcançamos a faixa dos 500 Dias de Campo (DCs) realizados nos quatro estados de atuação do Projeto: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Celebramos o marco reconhecendo esse esforço conjunto entre nossos profissionais e todos os(as) produtores(as) rurais, estudantes, pesquisadores(as) e interessados(as) em aprender mais sobre a sustentabilidade no campo.
Por fim, em dezembro, os mestrandos da 1ª Edição do Mestrado Profissional, realizado em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), começaram a defender as suas teses. A 1ª Edição do Mestrado Profissional teve início em março de 2022, reunindo profissionais, técnicos(as), produtores(as) e gestores(as) públicos(as) que atuam no meio rural ou em áreas afins.
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP)
Neste ano, o PRS - Cerrado esteve presente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), que aconteceu em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O Projeto foi apresentado para lideranças internacionais por meio de um produto de conhecimento feito em conjunto com os outros projetos do arranjo do PRS.
15 de outubro: celebrando o Dia Internacional das Mulheres Rurais
Neste 15 de outubro é celebrado o Dia Internacional das Mulheres Rurais! A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1995, com a proposta de elevar a consciência mundial sobre o papel da mulher no campo. Por meio desta discussão, é possível reforçar a representatividade da mulher no exercício da produção rural e os desafios que possam ser enfrentados por elas.
No Programa Rural Sustentável, temos o compromisso de apoiar o trabalho destas mulheres que, diariamente, transformam o meio rural, seja no trabalho e na condução da produção, ou na gestão da propriedade, com adoção de tecnologias e abertura de novos mercados de comercialização.
“A participação da mulher está dentro de toda a logística, da gente se permitir a ter os conhecimentos técnicos, de gestão, onde podemos ajudar cada vez mais. E, por meio de projetos sustentáveis, podemos contribuir ainda mais com o cuidado da mata, da nascente, e da lavoura, por exemplo. Esse é um futuro que eu vejo: cada vez mais mulheres à frente da produção e de sindicatos”, destaca a dona Malu, produtora do PRS - Cerrado e beneficiária do Programa Rural Sustentável.
12 de outubro é celebrado o Dia do Engenheiro(a) Agrônomo(a)
Dia 12 de outubro é celebrado o Dia do Engenheiro(a) Agrônomo(a), profissão de nível superior regulamentada no Brasil nesta mesma data em 1933. Com as suas visões integradas sobre os agroecossistemas, estes profissionais possuem as habilidades e dedicação essenciais para ajudar a promover o crescimento da agropecuária de forma sustentável, apesar de tantos desafios climáticos e hídricos, por exemplo.
“No nosso dia a dia, lidamos com as atividades agropecuárias, que são voltadas à produção de alimentos e insumos, e também de sua relação com o entorno, incluindo áreas de matas, florestas e cidades. É nosso dever considerar desde a saúde dos solos e dos recursos hídricos, passando pelo cultivo das plantas e pela criação dos animais, até a promoção da qualidade de vida das pessoas que vivem dessas atividades, que são os(as) agricultores(as) e suas comunidades. Essa visão integrada, aliada ao emprego de tecnologias adequadas a cada contexto socioambiental, é o que faz do profissional da engenharia agronômica um agente promotor da sustentabilidade”, destaca o engenheiro agrônomo Fernando Rabello Paes de Andrade.
No Projeto Rural Sustentável - Cerrado, esses profissionais atuam diretamente com nossos beneficiários, oferecendo treinamento e assistência técnica para viabilizar práticas agrícolas sustentáveis e eficientes, ajudando no desenvolvimento econômico e social do meio rural, assim como a segurança alimentar.
Reunião presencial do PRS - Cerrado coloca planejamento em ação
Nos dias 18, 19, 20 e 21 de setembro, a equipe do PRS – Cerrado passou por um momento de integração na 5ª Reunião de Planejamento e Avaliação, a RPA. Os encontros, realizados presencialmente em Brasília (DF), possibilitaram uma troca de experiências e novas discussões sobre inovações que possam impulsionar as ações do projeto no campo.
“Nesses últimos dias, passamos por um processo de aprendizado, compromisso e evolução desde a última RPA. Tivemos uma integração entre as equipes, o que nos permitiu medir o nosso esforço, definir prioridades e continuarmos juntos no projeto com propósito”, destaca o Coordenador Geral do PRS – Cerrado, Tadeu Assad.
É por meio desse momento que a equipe avalia e planeja novas atividades voltadas para a implementação de tecnologias sustentáveis, sempre pensando no benefício dos produtores e produtoras rurais envolvidos(as) pelo projeto.
Dia Nacional do Cerrado
Dia 11 de setembro é tempo de celebrar o Dia Nacional do Cerrado! O segundo maior bioma do Brasil está presente em 24% do território brasileiro e é o grande protagonista das ações do PRS - Cerrado. Atuando em mais de 100 municípios brasileiros, distribuídos em 4 estados do bioma, o Projeto tem um grande desafio: mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) ao mesmo tempo em que busca aumentar a renda e promover práticas sustentáveis entre produtores e produtoras rurais.
Já são cerca de 3.700 propriedades rurais envolvidas, com mais de 380 Dias de Campo realizados, mais de 15 mil participantes em ações de sensibilização, treinamento e capacitação, 40 Organizações Socioprodutivas (OSPs) apoiadas e 12 milhões aplicados em pesquisa, tudo para alavancar o uso sustentável de 280 mil hectares de propriedades envolvidas.
PRS - Cerrado: ações positivas para a natureza
Para seguir à risca o compromisso de promover soluções positivas para a natureza, é necessário um trabalho em conjunto com todos os atores envolvidos na produção rural. Isso é feito por meio da implementação de práticas produtivas sustentáveis, apoio e assistência técnica e extensão rural gratuita, além da facilitação do acesso ao crédito. Cursos de Educação a Distância (EaD), Mestrado Profissional, ações de popularização da agropecuária sustentável junto a escolas públicas, Cursos Presenciais e Dias de Campo são algumas das ações realizadas pelo Projeto, com o objetivo de favorecer oportunidades de troca de conhecimentos e aprendizagens.
“O Projeto Rural Sustentável - Cerrado é uma oportunidade muito boa para promovermos a agroecologia na nossa região, além de levar essa forma de produção mais sustentável para outros agricultores com uma grande troca de experiências. E é assim, com essa formação de conhecimento, que encontramos potencial para continuar fazendo esse trabalho no campo,” destaca Caio Henrique Pessoa, produtor rural de uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto, no município de Cordisburgo (MG).
O PRS - Cerrado é resultado de uma Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como beneficiário institucional, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) como responsável pela sua execução e administração. A Embrapa é a responsável pela coordenação científica e a Associação Rede ILPF pelo apoio técnico.
Dia Mundial da Conservação da Natureza e o compromisso das ações do PRS
Criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o Dia Mundial da Conservação da Natureza é celebrado anualmente no dia 28 de julho, visando trazer uma conscientização a respeito do uso de recursos naturais com a perspectiva de sustentabilidade, garantindo a conservação do meio ambiente. O objetivo adotado mundialmente também é um dos maiores compromissos defendidos pelo Programa Rural Sustentável.
Por meio dos projetos PRS – Amazônia, PRS – Caatinga e PRS – Cerrado, o Programa busca fortalecer e desenvolver cadeias produtivas na Amazônia, fomentar a adoção de tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono (Tecs ABC) no semiárido brasileiro e promover uma transição sustentável na agricultura e pecuária no Cerrado. Tudo isso com um grande objetivo em foco: mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio da promoção de soluções positivas para a natureza.
O PRS é financiado por Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como beneficiário institucional. Atuamos nos biomas Cerrado e Amazônia, executado e administrado pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), e no bioma Caatinga, executado e administrado pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Na primeira fase do Programa, foram desenvolvidos trabalhos nos biomas Amazônia e Mata Atlântica.
Saiba mais sobre o PRS: https://programaruralsustentavel.org.br/