Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro é tema de evento Pré-COP 30

O Projeto Rural Sustentável – Cerrado foi um dos destaques do evento “Pré-COP 30 – Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro”, realizado no último dia 28 de maio, em Belo Horizonte (MG). O encontro reuniu mais de 100 técnicos(as), pesquisadores(as) e gestores(as) públicos com o objetivo de discutir o futuro da agropecuária no Cerrado mineiro, com foco na sustentabilidade e na adoção de práticas, políticas e programas de baixa emissão de carbono.

Promovido pela Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais (SFA/MAPA) em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), o PRS - Cerrado, e outras instituições, o evento foi uma importante preparação para a COP 30, que acontecerá em 2025, no Brasil.

Destaques da programação

Dentre as autoridades presentes no evento estava o Superintendente de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Everton Paiva, o Diretor Técnico da EMATER-MG, Nauto Martins, o Chefe Geral da Embrapa Milho e Sorgo, Frederico Duraes, o Gerente de Desenvolvimento de Negócios do Consulado do Reino Unido, Maurício Guimarães, entre outros.

Um dos destaques da programação foi a palestra do Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e Coordenador Geral do PRS – Cerrado, Luís Tadeu Assad, que apresentou as experiências e resultados do Projeto em Minas Gerais. A fala abordou ações concretas realizadas junto a pequenos(as) e médios(as) produtores(as), como o incentivo ao uso de tecnologias sustentáveis, regularização ambiental e acesso ao crédito rural.

Em outro momento, o Coordenador de Cooperação e Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Venâncio, trouxe uma contextualização da COP 30 e o papel do governo brasileiro e das entidades em levar pautas sustentáveis pertinentes para a conferência.

Após a finalização do evento, será elaborado um documento-síntese contendo as potencialidades, desafios e sugestões que possam trazer contribuições do desenvolvimento sustentável do Cerrado mineiro para a agenda da COP 30.

 

Pré-COP 30 – Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro
Pré-COP 30 – Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro

 

Pré-COP 30 – Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro
Pré-COP 30 – Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro

 

Pré-COP 30 – Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro
Pré-COP 30 – Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro

 


Começam os Dias de Campo com foco no acesso ao crédito rural

Na última quarta-feira, 21 de maio, o Projeto Rural Sustentável - Cerrado deu início aos Dias de Campo: Oficinas de Crédito Rural, uma série de eventos voltados para as vias de acesso ao crédito rural no contexto produtivo do Cerrado brasileiro. As atividades acontecerão ao longo dos meses de maio a agosto para 39 Organizações Socioprodutivas (OSPs) parceiras do Projeto nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Voltados principalmente para pequenos(as) e médios(as) produtores(as) rurais beneficiários(as) do Projeto, os eventos também serão abertos ao público geral interessado na temática. Na programação, estarão presentes especialistas das frentes executivas do PRS - Cerrado, profissionais das empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e representantes de instituições financeiras que trabalham com crédito rural.

 

Dia de Campo do Crédito Rural na OSP Associação dos Produtores do Assentamento Aldeia, em Bataguassu, Mato Grosso do Sul
Dia de Campo do Crédito Rural na OSP Associação dos Produtores do Assentamento Aldeia, em Bataguassu, Mato Grosso do Sul

 

Dia de Campo do Crédito Rural na OSP Associação Santa Luzia, em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul
Dia de Campo do Crédito Rural na OSP Associação Santa Luzia, em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul

 

Dia de Campo do Crédito Rural na OSP Associação Santa Luzia, em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul
Dia de Campo do Crédito Rural na OSP Associação Santa Luzia, em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul

 

Dia de Campo do Crédito Rural na OSP Associação Santa Luzia, em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul
Dia de Campo do Crédito Rural na OSP Associação Santa Luzia, em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul

 

Os encontros têm como objetivo informar os(as) produtores(as) rurais sobre as possibilidades de acesso ao crédito rural, esclarecer dúvidas sobre documentação, processos de solicitação e condições, e incentivar a adoção de práticas agrícolas e pecuárias sustentáveis por meio de linhas de crédito específicas.

Tem interesse em participar? Clique aqui, procure o monitor(a) de sua região e entre em contato para mais detalhes!

Mais informações para você

Pensando em ampliar a disseminação de informações acerca do crédito rural, o PRS - Cerrado também produziu alguns materiais sobre a temática.

Com o folder Soluções de Crédito Rural e as cartilhas Guia de Acesso ao Crédito Rural e Crédito Rural na Prática, é possível conhecer um pouco mais sobre a definição do crédito, entender quais são os tipos e quem pode acessá-los, além das documentações necessárias e o funcionamento na prática. O acesso é gratuito através dos links disponibilizados acima.

É por meio de ações como essas que o PRS - Cerrado fortalece seu compromisso com o desenvolvimento rural sustentável e a inclusão produtiva dos pequenos(as) e médios(as) produtores(as) do Cerrado.


PRS – Cerrado participará de evento Pré-COP 30 em Minas Gerais

O Projeto Rural Sustentável – Cerrado será um dos destaques do evento “Pré-COP 30 - Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro”, que será realizado no dia 28 de maio, das 9h às 17h, em Belo Horizonte (MG). O encontro é promovido pela Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais (SFA/MAPA) em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), o Projeto Rural Sustentável – Cerrado, entre outras instituições.

Com foco na promoção do desenvolvimento rural sustentável, o evento reunirá técnicos, pesquisadores e gestores públicos para debater os avanços no Cerrado Mineiro, especialmente a partir dos resultados do Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura – Plano ABC+ no estado. O objetivo é promover um ambiente de troca de experiências, com destaque para iniciativas que incentivam práticas agropecuárias sustentáveis e tecnologias de baixa emissão de carbono.

O evento é gratuito, mas é necessário que se faça uma inscrição prévia através do site Sympla.

Fique de olho na programação

Um dos momentos esperados da programação será a palestra do Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e Coordenador Geral do PRS – Cerrado, Luís Tadeu Assad, que abordará o tema “Experiências do Projeto Rural Sustentável – Cerrado no estado de Minas Gerais”. A apresentação trará um panorama das ações desenvolvidas pelo projeto no estado, além dos impactos positivos na agricultura familiar e no uso sustentável da terra.

Confira a programação completa:

Pré-COP 30 - Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro

Local: Av Raja Gabaglia, 245 - Belo Horizonte/MG
Data: 28/05/2025
Hora: 9h às 17h
Inscrição: https://www.sympla.com.br/evento/pre-cop-30-desenvolvimento-rural-no-cerrado-mineiro/2948791


Está disponível o resultado das novas OSPs e UMs do PRS - Cerrado

O Projeto Rural Sustentável – Cerrado acaba de divulgar o resultado da chamada de seleção para Organizações Socioprodutivas (OSPs) e Unidades Multiplicadoras (UMs). A iniciativa visa fortalecer instituições e propriedades rurais com potencial para adoção de práticas sustentáveis e tecnologias de baixa emissão de carbono. Nesta chamada, foram selecionadas 8 novas OSPs e 857 novos beneficiários(as) de UMs que irão compor a nova etapa do projeto.

Foi entendido como Organizações Socioprodutivas (OSPs), agrupamentos como Associações, Cooperativas, Centrais de Associações/Cooperativas, Sindicatos e demais instituições formalmente estabelecidas com viés às práticas produtivas do meio rural. Já as Unidades Multiplicadoras (UMs) são consideradas áreas com potencial de implantação de uma ou mais tecnologias de baixa emissão de carbono apoiadas pelo Projeto – os Sistemas de Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF) e/ou Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD).

As OSPs selecionadas receberão Planos de Negócios personalizados, assistência técnica organizacional, ações formativas e de capacitação, além de benefícios coletivos e participação ativa nas ações do Projeto. Já os(as) produtores(as) rurais vinculados(as) terão acesso a assistência técnica especializada, capacitações, Dias de Campo, e suporte em temas como acesso ao crédito rural, certificações, finanças verdes e tecnologias sustentáveis.

👉 O resultado já está disponível! Clique aqui e confira!


Confira o resultado da chamada de novas UDs do PRS - Cerrado

Já está disponível o resultado da Chamada de Cadastramento e Seleção de novas Unidades Demonstrativas (UDs) do Projeto Rural Sustentável – Cerrado! A iniciativa tem como objetivo fortalecer propriedades rurais que são referência na adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono, como Sistemas de Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF) e Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD).

Ao todo, foram selecionadas 42 novas propriedades que se destacam como exemplos de produção agropecuária sustentável no bioma Cerrado. Os(as) produtores(as) escolhidos(as) irão receber benefícios como assistência técnica especializada, participação em capacitações e Dias de Campo, além da divulgação das experiências em eventos, mídias e comitês.

Cada propriedade selecionada também passa a ser reconhecida oficialmente como uma Unidade Demonstrativa (UD) do PRS - Cerrado, com direito a certificação, materiais promocionais e placa de identificação.

👉 Clique aqui para conferir o resultado completo


PRS - Cerrado vai ao Mato Grosso do Sul para rodada de articulações

O Projeto Rural Sustentável - Cerrado passou por mais uma rodada de articulações visando novas possibilidades de ações em conjunto. Dessa vez, o destino foi Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, nos dias 02 e 03 de abril. O Coordenador Geral do PRS - Cerrado, Luís Tadeu Assad, a Coordenadora de Campo, Marília Ramos, e a Coordenadora de Campo Estadual, Jéssyca Stanieski estiveram presentes na sede da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (AGRAER), na Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) e na Superintendência Federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul (SFA-MS).

Na primeira parada, a equipe foi recebida na sede da AGRAER pelo chefe do setor de ATER, Arnaldo Santiago Filho. O objetivo foi apresentar as possibilidades de ações conjuntas, como capacitações e seminários voltados para a agropecuária de baixa emissão de carbono. “Por meio da reunião, decidimos fazer um acordo de cooperação técnica que envolve ações como a jornada técnica com os cursos EAD e depois presencial, além dos seminários de crédito rural e legislação ambiental. Agora, os próximos passos serão viabilizar esse acordo e avançar nesse propósito”, ressalta Arnaldo.

Na AGRAER, também participaram a Chefe do setor Ambiental, Leda Perdomo, a Assessora da Gerente de Desenvolvimento Agrário, Rosemeire Borges, e as servidoras do Setor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Lilian Oliveira e Aldione Soares.

Os debates sobre o acordo de cooperação técnica seguiram junto à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) com a presença do Secretário Executivo de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais, Humberto de Mello Pereira. “Nós temos acompanhado todo o processo que envolveu o desenvolvimento das comunidades atendidas no PRS - Cerrado e entendemos que a Secretaria pode dar maior capilaridade e fazer com que, de forma transversal, outras políticas públicas cheguem a esse público beneficiado do Projeto. Estamos bastante otimistas com esse termo de cooperação que representa parcerias importantes envolvendo a agricultura familiar no nosso estado”, destaca o Secretário Humberto.

Também estiveram presentes, na SEMADESC, o Coordenador de Agricultura, Fernando Nascimento, e o Coordenador de Apoio à Inclusão Sanitária, Agroindústria e Certificação da Produção Familiar, David Lourenço.

Por fim, o PRS - Cerrado se reuniu com a Superintendência Federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul para atualizar a SFA-MS em torno das ações do Projeto no estado, ilustrando, assim, o impacto positivo das atuações junto aos(às) beneficiários(as) sul-mato-grossenses. Junto à equipe, estava o Superintendente José Antonio Roldão, e o Chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural, Márcio Menegazzo.


PRS - Cerrado abre chamada para novas OSPs e UMs

O Projeto Rural Sustentável - Cerrado acaba de disponibilizar uma nova chamada de seleção para Organizações Socioprodutivas (OSPs) e Unidades Multiplicadoras (UMs). Os(as) interessados(as) devem enviar as documentações até o dia 21 de abril. O resultado está previsto para o dia 25.

Entende-se como Organizações Socioprodutivas (OSPs), agrupamentos como Associações, Cooperativas, Centrais de Associações/Cooperativas, Sindicatos e demais instituições formalmente estabelecidas com viés às práticas produtivas do meio rural. Já as Unidades Multiplicadoras (UMs) são consideradas áreas com potencial de implantação de uma ou mais tecnologias de baixa emissão de carbono apoiadas pelo Projeto – os Sistemas de Integração Lavoura‐Pecuária‐Floresta (ILPF) e/ou Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD).

Serão identificadas e selecionadas 5 novas OSPs e 600 novas Unidades Multiplicadoras (UMs) beneficiárias. Com relação às Organizações Socioprodutivas (OSPs) já atendidas pelo projeto, será possível que façam a inclusão de novas Unidades Multiplicadoras (UMs) como beneficiárias, a partir de grupos de pelo menos 25 produtores(as). As novas OSPs poderão se inscrever com grupos a partir de 40 produtores(as).

Benefícios

Entre os benefícios que serão disponibilizados às OSPs estão o Plano de Negócios (PN) de cada organização, ações formativas e de capacitação, Benefícios Coletivos (BCs), Assistência Técnica Organizacional (ATO), participação em ações do Projeto, e divulgação da OSP em eventos, mídias e comitês.

No caso dos(as) produtores(as) rurais, os benefícios incluem assistência técnica especializada, participação em ações de capacitação do Projeto, Dias de Campo, e acesso às demais ações e incentivos relacionados com acesso ao crédito rural, finanças verdes, certificação, transferência tecnológica, entre outros.

Critérios de seleção

As Organizações Socioprodutivas devem obedecer aos seguintes critérios:

  • Estar localizada no bioma Cerrado;
  • Estar localizada em um dos 101 municípios de abrangência do Projeto;
  • Estar legalmente constituída há pelo menos um ano;
  • Apresentar Certidões de Nada Consta (CNDs);
  • Não ter um histórico de elementos que possam afetar negativamente a sua imagem ou a imagem do Projeto;
  • Atender aos limites mínimos e máximos de número de propriedades e de tipos de tecnologias a serem implantadas.

Entre os critérios para os(as) produtores(as) rurais das Unidades Multiplicadoras (UMs), estão: ter RG, CPF ou CNPJ válidos, comprovar a posse legal do imóvel do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), e comprovar vínculo com a OSP. Já a propriedade rural deve ter comprovante de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou processo de registro em andamento, além de também estar localizada no bioma Cerrado.

Quer saber mais detalhes de como participar?

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Está aberta a chamada de novas Unidades Demonstrativas do PRS - Cerrado

Está disponível a chamada de cadastramento e seleção de novas Unidades Demonstrativas (UDs) para o Projeto Rural Sustentável - Cerrado! Os(as) interessados(as) devem enviar as documentações até o dia 31 de março. A seguir, você confere algumas orientações para a seleção de produtores e produtoras rurais, critérios de elegibilidade e avaliação, e os benefícios que serão disponibilizados aos selecionados(as).

O Projeto busca identificar e selecionar 30 novas propriedades que são consideradas áreas de referência de produção agropecuária onde já estão implantados e estabelecidos os Sistemas de Integração Lavoura‐Pecuária‐ Floresta (ILPF) e/ou Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD). Serão dadas prioridades às Unidades Multiplicadoras (UMs) que já participam do PRS - Cerrado e que tenham implantado e/ou estejam implantando tecnologias de baixa emissão de carbono que possuam o Componente Florestal.

Benefícios

Os(as) produtores(as) selecionados(as) receberão alguns benefícios, tais como: assistência técnica especializada, participação em ações de capacitação do Projeto, Dias de Campo, e divulgação da UD em eventos, mídias e comitês. Além disso, a propriedade será reconhecida como uma Unidade Demonstrativa, tendo a emissão de um certificado, material promocional e placa de identificação.

Critérios de seleção

Entre alguns critérios de elegibilidade para os(as) produtores(as) rurais, estão: ter RG, CPF ou CNPJ válidos e comprovar a posse legal do imóvel do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA). Já as propriedades rurais devem obedecer aos seguintes critérios:

  • Estar localizada no bioma Cerrado;
  • Estar localizada em um dos 101 municípios de abrangência do Projeto;
  • Comprovar inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou processo de registro em andamento;
  • Não ter um histórico de elementos que possam afetar negativamente a sua imagem ou a imagem do Projeto.

Para as UMs que já participam do PRS - Cerrado e desejam ser reconhecidas como UD, é preciso que a propriedade já tenha recebido pelo menos um Dia de Campo dentre os realizados pelo Projeto, e que passe por uma identificação e avaliação a ser realizada diretamente pela Equipe de Campo.

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PRS - Cerrado: novas propriedades e oportunidades marcam a extensão do Projeto

O ano de 2025 já nos trouxe boas notícias: o Projeto Rural Sustentável - Cerrado ganhou uma extensão de prazo! Isso significa mais recursos e mais atividades para darmos continuidade aos nossos propósitos de sustentabilidade no meio rural junto aos nossos(as) beneficiários(as). Dessa forma, seguimos firmes na missão de aumentar a produtividade agrícola sem agredir o meio ambiente, visando mitigar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e aumentar a renda de pequenos(as) e médios(as) produtores(as) no Cerrado.

Agora, com a extensão do Projeto, teremos mais tempo e recursos para gerar ainda mais impacto real na vida dos(as) beneficiários(as). O ano de 2025 será cheio de ações importantes, principalmente de assistência técnica e fortalecimento das OSPs, estamos muito animados pelo que está por vir, então, fiquem ligados!”, compartilha a Coordenadora Operacional do PRS - Cerrado, Kamila Rocha.

Confira algumas das atividades que estão previstas para os próximos meses no campo:

  • Seleção de 30 novas Unidades Demonstrativas (UDs);
  • Seleção de 600 novas Unidades Multiplicadoras (UMs) e 5 novas Organizações Socioprodutivas (OSPs), totalizando 1.800 produtores(as) com acesso ao crédito melhorado;
  • Novos Dias de Campo.

Além disso, muitas ações de capacitação também estão sendo planejadas para disseminar conhecimentos entre produtores(as), estudantes, técnicos(as) e gestores(as). Entre essas atividades, estão a realização de uma Jornada de Aprendizagem nos estados, cursos para os Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATECs), e seminários técnicos especializados.

Novos benefícios

As novas OSPs selecionadas receberão diversos benefícios durante a participação no Projeto, entre eles estão: Plano de Negócios (PN), Benefícios Coletivos (BCs), Assistência Técnica Organizacional (ATO), participação em ações de intercâmbio com outras organizações produtivas, Dias de Campo e divulgação da organização em eventos. Já as UDs e UMs receberão assistência técnica especializada, além de também poderem participar das ações e eventos do Projeto. Para as propriedades que já fazem parte do PRS - Cerrado, haverá a ampliação das atividades de ATER, com foco na implantação de tecnologias.

Em breve, novas informações serão divulgadas e o cadastro para novas OSPs e UMs será disponibilizado.

Sobre o PRS - Cerrado

Com atuação em quatro estados brasileiros, o Projeto Rural Sustentável - Cerrado tem como objetivo mitigar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e aumentar a renda de pequenos(as) e médios(as) produtores(as) no bioma Cerrado, por meio da implementação de tecnologias de baixa emissão de carbono.

O projeto é resultado de uma Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como beneficiário institucional, e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) como responsável pela sua execução e administração. A Embrapa é a responsável pela coordenação científica e a Associação Rede ILPF pelo apoio técnico.

Clique aqui para saber mais sobre o Projeto.


Atuação de mulheres transforma sustentabilidade no campo

As mulheres agroextrativistas e produtoras agrícolas e pecuárias exercem um trabalho crucial para a segurança alimentar, nutricional e financeira no campo brasileiro. Apesar dessa grande importância no setor produtivo nacional, os últimos dados do Censo Agropecuário (2017) apresentam uma realidade pouco representativa — e nada inclusiva — do número de estabelecimentos comandados por mulheres no Brasil. Dos 5,07 milhões de propriedades rurais, apenas 946.075 (19%) são chefiados por figuras femininas.

Esse cenário, entretanto, não intimida as produtoras beneficiárias do Programa Rural Sustentável (2012-presente). Elas reconhecem o desafio e o enfrentam frente a frente, em busca de ocupar novos espaços no meio rural, transformando-o, assim, em um espaço mais inclusivo e sustentável. Atualmente, são mais de 1.500 beneficiárias no Projeto Rural Sustentável - Cerrado e no Projeto Rural Sustentável - Amazônia, incluindo agricultoras, produtoras e agroextrativistas ligadas às organizações socioprodutivas. Todas fazem parte, juntas, desta jornada pelo desenvolvimento sustentável no campo e por maior qualidade de vida.

No ponto de vista de Melissa Curi, coordenadora de Capacitação do Projeto Rural Sustentável - Amazônia e Cerrado, a sustentabilidade também trabalha diretamente com a busca pela equidade e pela garantia dos direitos das mulheres. “Um dos pilares muito fortes da sustentabilidade é a diversidade. Ter um ambiente diverso e plural, onde diferentes opiniões sejam validadas, escutadas e consideradas, isso é promoção de um desenvolvimento sustentável”, explica. E isso envolve a criação de espaços seguros e atentos para que as mulheres — e suas diversidades — “possam trazer suas perspectivas a respeito de determinados assuntos”, complementa.

A coordenadora contextualiza que essas perspectivas sempre serão múltiplas e diferentes pelas experiências que cada um tem, sejam homens ou mulheres. E podemos, também, ampliar essa discussão ao pensar gêneros, questões raciais e sociais. “Isso é falar de sustentabilidade e de uma sociedade mais justa. É falar de equidade, de liberdade”, destaca. E é falar, também, da construção de um presente e futuro sustentável, saudável, com dignidade e justiça social, ambiental e climática.

Em homenagem a este Dia Internacional da Mulher (8), te convidamos a conhecer Maria Sebastiana Martins, Marilene Fecchi — produtoras no Cerrado —, Marta Suely e Silvia Maia — agroextrativistas na Amazônia. São quatro histórias sobre a vida no campo e na floresta, de liderança e resistência, de momentos de superação e conquistas, objetivos alcançados e novos sonhos a serem realizados.

Projeto Rural Sustentável - Cerrado (2019-presente)

Por trás da história no campo, existe uma mulher que foi responsável por impulsionar diálogos e fortalecer caminhos, seja no cuidado com a família, na condução da propriedade ou na busca de conhecimentos inovadores. A mulher no campo, ao se engajar em iniciativas de sustentabilidade, se torna uma agente de mudança e uma fonte de inspiração para a comunidade.

O PRS - Cerrado tem o compromisso de apoiar o trabalho destas mulheres que, diariamente, transformam o meio rural. Determinadas e sempre dispostas a aprender novos métodos e tecnologias, a participação ativa de mulheres na produção rural tem sido crucial para a construção de um modelo de desenvolvimento mais sustentável e inclusivo no Cerrado. Venha conhecer um pouco da história de duas delas!

Maria Sebastiana: cultivar como uma forma de liberdade

Maria Sebastiana Martins Sobral tem 58 anos e mora próximo a Cristalina (GO), no assentamento Manacá. Ela vive na roça desde que nasceu e, depois de anos trabalhando no garimpo, resolveu se tornar uma produtora rural. Hoje, Dona Maria Sebastiana trabalha com hortaliças, fazendo a venda na feira e entrega de merenda escolar no Instituto Rede Terra, além de cuidar da produção de leite e da lavoura em sua propriedade.

A partir de sua atuação no campo, Maria Sebastiana conseguiu realizar diversos sonhos. “Quando resolvi ser produtora, eu tinha um sonho. E era um sonho que, às vezes, eu pensava que era difícil, só que Deus realizou esse sonho na minha vida. Era ter uma terra”, compartilha.

Depois da conquista da sua terra em 2010, onde ela passou a conseguir o sustento da família, Dona Maria Sebastiana também conquistou um gado, um trator, e o mais recente: uma carretinha para fazer a comida do gado.

Maria, como ser mulher influencia na sua profissão como produtora? Você sente que a produção no campo apoia sua segurança financeira e te promove autonomia?

No campo, às vezes a gente passa por muita luta, mas com segurança e bondade a gente consegue resolver. Se a gente trabalha no campo pra gente mesmo, ser autônoma, é uma coisa muito boa. A mulher, ela tem que ser uma pessoa disposta para poder resolver os problemas do campo.

E como a sua relação com o meio ambiente influencia na sua forma de produzir sustentavelmente?

Para trabalhar no campo a gente tem que respeitar as leis. As leis que a gente respeita é não matar os bichos, trabalhar com honestidade, respeitar a reserva… A gente tem a produção dentro da área coberta, que é estufa, tem também uma produção fora, mas a gente sempre está se corrigindo para não ultrapassar fora do limite com o meio ambiente. E é muito bom trabalhar no campo. Eu como mulher, eu me dedico ao meu trabalho e sou muito feliz com ele e com a minha família, meu esposo, plantando, colhendo e vendendo.

Na sua visão, qual a importância das mulheres ocuparem esse espaço produtivo no campo?

A minha visão sobre a mulher é que, antigamente, ela não tinha espaço, os espaços eram dos maridos. Hoje a mulher é independente. Ela tem liberdade, ela pode produzir. Hoje, a maior parte das mulheres que moram no campo, são elas quem tratam do gado, elas são quem tiram o leite, elas são quem fazem os queijos. A mulher não tem mais de ficar só cuidando da casa. Eu gosto dessa liberdade no campo.

Como o Projeto Rural Sustentável - Cerrado vem impactando sua vida?

O Projeto Rural Sustentável é uma coisa que me fez muito bem. Eu aprendi a trabalhar, aprendi a conviver com os demais companheiros [de profissão]. Com o projeto, também recebi assistência técnica, que me ensinou muito. A equipe sempre me orienta e ajuda, então eu torço para que esse projeto vá mais para frente, porque ele é muito bom mesmo. A gente precisa aprender mais com ele.

Maria Sebastiana PRS Cerrado (1)
Maria Sebastiana PRS Cerrado (2)
Maria Sebastiana PRS Cerrado (3)
Maria Sebastiana PRS Cerrado (4)

 

Marilene Facchi: sonhos alcançados com o trabalho rural

Eu comecei a trabalhar no orgânico por opção, porque é um produto mais saudável e atende melhor o consumidor — um produto melhor para a mesa do consumidor”, conta Marilene Ferronato Facchi, de 65 anos. Moradora do Assentamento Três Barras, em Cristalina (GO), Marilene é produtora de hortaliças orgânicas e vende sua produção no município, na feira das Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (CEASA), e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) local, em parceria com a Cooperativa Rede Terra.

Ao longo de sua história, o campo a ajudou a alcançar muitos objetivos. “Construí minha casa, comprei meu caminhão de trabalho e a minha irrigação, que já está bem grande, e minha horta continua aumentando. Já concluí muitos sonhos e pretendo concluir mais ainda!”, compartilha.

Produtora há 34 anos, Marilene foi criada na zona rural. Atualmente, toda sua família trabalha com produtos orgânicos.

Marilene, como ser mulher influencia na sua profissão como produtora? Você sente que a produção no campo apoia sua segurança financeira e te promove autonomia?

A mulher hoje se destaca no campo. Hoje, a mulher luta [e trabalha] muito mais na horticultura do que o homem. Mas o trabalho da mulher no campo ainda não é reconhecido como deveria ser. Ainda se destaca muito a figura masculina. E isso a gente está querendo mudar!

E como a sua relação com o meio ambiente influencia na sua forma de produzir sustentavelmente?

Aqui, a gente respeita o meio ambiente. A gente tem o terreno todo aceirado, plantamos com o Sistema Agroecológico, que volta ao meio ambiente. Temos as [abelhas] mamangavas que fazem a polinização do maracujá, não tem mais a necessidade de fazer manual, e as aves fazem ninho na porta da casa. Temos muitas aves, muita variedade.

Na sua visão, qual a importância das mulheres ocuparem os espaços produtivos?

Eu acho importante porque, para mim, como mulher, eu acho o trabalho de campo melhor do que o trabalho de dentro de casa. Como antigamente, as mulheres eram do lar, não é? Hoje prefiro trabalhar no campo ao invés de trabalhar dentro da minha casa. Eu acho que é muito importante a mulher desenvolver o trabalho de campo.

Como o Projeto vem impactando sua vida?

O Projeto, a princípio, me ajudou no custo da casa, porque me deu uma motivação para eu terminar minha cozinha. E ele me ajudou no geral. Eu tive muito conhecimento, muito apoio. Em um Dia de Campo, eu trouxe muitas pessoas aqui também, teve muita troca de conhecimento, experiências e ideias com as pessoas. E está sendo muito bom. Eu queria só que continuasse, que tivesse mais investimento para nós.

Marilene (2)
Marilene (3)
Marilene PRS Cerrado (1)
Marilene (4)

 

Projeto Rural Sustentável - Amazônia (2022-presente)

Mulher é resistência, é coragem, é força da natureza na Amazônia. Juntas, elas são e estão presentes em diferentes espaços do bioma para fortalecer a diversidade de ideias e abrir novos caminhos para o protagonismo feminino – seja na universidade, no campo, em papéis de liderança ou onde mais desejarem estar –, rumo a construção de um futuro mais inclusivo e que seja sustentável para todos e todas.

Um dos compromissos do Projeto Rural Sustentável - Amazônia (PRS - Amazônia) é justamente fortalecer a mulher amazônica por meio de suas frentes de atuação. No Projeto, elas estão presentes no Mestrado Profissional, no campo, na liderança de Organizações Socioprodutivas (OSPs) e na equipe do Projeto, formando essa grande rede em prol da sustentabilidade. Vem conhecer duas dessas histórias!

Marta Suely: aprendizados e sonhos que empoderam mulheres

Esta também é uma história de encanto, sonhos e construção de rede para fortalecer mulheres. Marta Suely, de 48 anos, mora no município de Brasil Novo (PA) e é coordenadora do setor de formação da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), uma das OSPs parceiras do Projeto. Junto ao seu esposo, fundou a Cooperativa de Orgânicos do Xingu, atuando na produção do cacau orgânico, mas sua história com esse fruto começou quando adolescente, uma forma de complementar a renda da família. O amor pela terra cresceu, frutificou e, hoje, ela apoia a autonomia de outras mulheres do campo.

Marta é uma das estudantes do Mestrado Profissional, parte do Programa de Capacitação do PRS - Amazônia. “Participar do mestrado é a realização de um sonho”, inicia. “Isso é uma coisa que todas as pessoas que convivem comigo sabem. Para os mais próximos de mim, eu dizia: ‘Olha, eu quero fazer um mestrado, mas precisa ser na área que eu gosto!’”, conta a extrativista.

Marta, há quanto tempo você trabalha na produção do cacau?

A minha história com o cacau começou quando eu tinha aproximadamente doze, treze anos, quando a minha família decidiu plantar cacau para poder cultivar aqui na chácara, onde a minha mãe vive até os dias atuais [...]. O meu foco principal é produzir cacau para que eu possa ter uma amêndoa saudável, orgânica, livre de veneno e, a partir daí, beneficiar e produzir nibs para o mercado. Hoje, o meu foco principal na formação da qualificação profissional é criar possibilidades de autonomia para atuar nas atividades do campo.

Na sua visão, qual a importância das mulheres produtoras ocuparem espaços na universidade, especialmente no mestrado?

Ocupar um espaço na academia sendo produtora rural é um desafio. Poder participar do mestrado hoje — principalmente dentro das linhas de atuação com o cacau —, para mim é muito importante, porque isso cria possibilidades de profissionalizar a atividade da lavoura cacaueira sob o olhar feminino. Então, é muito importante porque eu, por exemplo, ao longo da minha vida, não busquei a universidade. A formação, a qualificação profissional, foi única e exclusivamente com foco em um emprego.

Como o PRS - Amazônia vem impactando sua vida? Qual a importância do Mestrado Profissional para você?

Quando eu soube que o Mestrado Profissional viria atender o público da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP) e que eu poderia, como parte desse público, participar de um processo seletivo e fazer minha qualificação profissional, isso transformou minha vida. Eu estou conhecendo lugares diferentes, tendo experiências fantásticas. Visitamos lugares em Rondônia, para conhecer a cadeia de peixes redondos, e no Pará — em Belém, onde visitamos a Ilha do Combu. Então, isso transforma a vida da gente, cria uma nova possibilidade de visão do mundo, agrega na formação pessoal e, principalmente, na minha qualidade de vida. Eu só tenho que agradecer pela oportunidade de estar perto de todas essas pessoas, desses professores e das possibilidades que têm sido apresentadas para que a gente possa fazer as melhores escolhas daqui para frente.

Mestranda Marta Suely, na terceira semana de aulas presenciais do Mestrado Profissional, realizada no Instituto Mamirauá (AM)
Mestranda Marta Suely, no Dia de Campo do Mestrado Profissional, realizado na comunidade Nova Esperança do povo Kokama

 

Silvia Maia: quando mulheres assumem papéis de liderança

Uma das lideranças comunitárias no município paraense de Beja (PA), Silvia Maia é fundadora e presidente da Associação Multissetorial dos Empreendedores de Beja (AMSETEB) — OSP parceira do Projeto. Por conhecer de perto a comunidade da qual faz parte, Silvia percebeu a necessidade de buscar novas formas de fortalecer as atividades produtivas no território, a fim de aumentar a renda e a qualidade de vida local.

O açaí é uma das culturas que mais demanda em nossa região. Os agricultores e os ribeirinhos, principalmente, são quem detém esta cultura como extrativismo, e necessitam de apoio, de melhorias para desenvolverem-se como atividade produtiva e rentável”, contextualiza. A liderança conta que é uma jornada desafiadora, mas os resultados têm reverberado positivamente em diversos cantos do município, especialmente após a parceria com o PRS - Amazônia.

Como é o seu trabalho na Associação Multissetorial dos Empreendedores de Beja (AMSETEB)?

Como fundadora e presidente na AMSETEB, tenho uma rotina agitada, mas que, no fim, vale a pena. Eu participo de reuniões, junto a órgãos [e instituições]; busco parcerias; direciono emissão de documentos pertinentes para os associados, como o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e atualização dos próprios documentos pessoais dos associados. Incentivo o empreendedorismo rural, assim como formações profissionais para os jovens e a inclusão no meio digital — direcionado às pessoas da melhor idade [mais velhas], para que aprendam e se desenvolvam com as ferramentas digitais, e, ao mesmo tempo, saibam como evitar problemas com fraudes (golpes). Incentivo grupos culturais e de artesanato da região e envolvo-me também — e em parcerias com uma rede de outros líderes comunitários —, em lutas sobre questões relacionadas a crimes ambientais.

Como é a sua história de trabalho com a cadeia do açaí?

O açaí é uma das culturas que mais demanda em nossa região. Os agricultores e os ribeirinhos, principalmente, são quem detém esta cultura como extrativismo, e necessitam de apoio, de melhorias para desenvolverem-se como atividade produtiva e rentável. Enquanto líder da comunidade, em visitas nas propriedades, percebi a carência de apoio, o quanto necessitam melhorar para buscar o seu próprio desenvolvimento. Tenho muito o costume de visitá-los e, com isso, percebo que as pessoas são sedentas por informação, as quais nem sempre tenho capacidade de oferecer — e o PRS — Amazônia vem suprir nesta parte.

Na sua opinião, qual a importância da mulher no campo? Como isso contribui para um futuro mais sustentável?

A mulher possui visão, visão de futuro. E, também, uma coisa chamada sexto sentido — diria que intuição — de quando as coisas podem dar certo. As mulheres são certeiras quando olham para o horizonte e conseguem ver o que pode dar certo, refiro-me também a um olhar para sua propriedade. As mulheres são mais atenciosas e atentas. E, quando se trata de futuro e boas práticas para contribuir para o melhor, como a sustentabilidade, elas são mais disciplinadas e propensas a aderir a algo que as beneficie e valorize seus territórios, suas ações e seu desenvolvimento.

Como tem sido essa parceria com o Projeto Rural Sustentável - Amazônia?

O PRS - Amazônia tem proporcionado uma visão de crescimento, desenvolvimento organizacional e o compromisso enquanto entidade. Tem trazido, de certa forma, um norte para um passo mais adiante, mais evoluído, enquanto instituição. Acredito que tem ampliado a visão dos associados participantes sobre o que significa estar inserido em uma instituição associativista, no intuito de permanecer unido e participativo, para, assim, saber conhecer e saber falar sobre a instituição a qual estão envolvidos. Acredito que as expectativas foram mudando no decorrer da realização do projeto e que os associados esperam, sim, que coisas boas e melhorias aconteçam em seu desenvolvimento, pois têm acreditado, têm se envolvido. Até os que não participam tanto, mas sabem, confiam, que vai dar certo, no sentido de: “estou aqui porque vem coisa boa pra nós”.

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