Começam os Dias de Campo com foco no acesso ao crédito rural
Na última quarta-feira, 21 de maio, o Projeto Rural Sustentável - Cerrado deu início aos Dias de Campo: Oficinas de Crédito Rural, uma série de eventos voltados para as vias de acesso ao crédito rural no contexto produtivo do Cerrado brasileiro. As atividades acontecerão ao longo dos meses de maio a agosto para 39 Organizações Socioprodutivas (OSPs) parceiras do Projeto nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Voltados principalmente para pequenos(as) e médios(as) produtores(as) rurais beneficiários(as) do Projeto, os eventos também serão abertos ao público geral interessado na temática. Na programação, estarão presentes especialistas das frentes executivas do PRS - Cerrado, profissionais das empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e representantes de instituições financeiras que trabalham com crédito rural.




Os encontros têm como objetivo informar os(as) produtores(as) rurais sobre as possibilidades de acesso ao crédito rural, esclarecer dúvidas sobre documentação, processos de solicitação e condições, e incentivar a adoção de práticas agrícolas e pecuárias sustentáveis por meio de linhas de crédito específicas.
Tem interesse em participar? Clique aqui, procure o monitor(a) de sua região e entre em contato para mais detalhes!
Mais informações para você
Pensando em ampliar a disseminação de informações acerca do crédito rural, o PRS - Cerrado também produziu alguns materiais sobre a temática.
Com o folder Soluções de Crédito Rural e as cartilhas Guia de Acesso ao Crédito Rural e Crédito Rural na Prática, é possível conhecer um pouco mais sobre a definição do crédito, entender quais são os tipos e quem pode acessá-los, além das documentações necessárias e o funcionamento na prática. O acesso é gratuito através dos links disponibilizados acima.
É por meio de ações como essas que o PRS - Cerrado fortalece seu compromisso com o desenvolvimento rural sustentável e a inclusão produtiva dos pequenos(as) e médios(as) produtores(as) do Cerrado.
Agricultura familiar e extrativismo mobilizam sustentabilidade no campo e nas florestas
O extrativismo, a agricultura e a pecuária sustentável são fontes de alimentação e sustento para milhões de brasileiros. Múltiplas e com especificidades para cada bioma, região e estado, acontecem na pluralidade geográfica — em campos, savanas, semiáridos, florestas e matas. E são construídas pela diversidade social e étnica do país, por pessoas agricultoras familiares, assentadas, quilombolas, indígenas, silvicultores e extrativistas.
Responsável pela produção de 70% dos alimentos consumidos diariamente na mesa de milhões de brasileiros e brasileiras, a agricultura familiar gera 10,1 milhões de ocupações no campo, de acordo com dados do Censo Agropecuário mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017) e do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar de 2024. Isso se traduz em 67% das ocupações do campo, em 3,9 milhões de estabelecimentos de agricultura familiar — 23% das terras no meio rural. Essa forma de produção de alimentos corresponde a 23% do valor bruto da produção agropecuária brasileira e atua na dinamização econômica de 90% dos municípios com até 20 mil habitantes (68% dos municípios nacionais)
Em 2023, o extrativismo vegetal mobilizou R$ 6,2 bilhões no setor de extração vegetal e da silvicultura brasileira. Ao fazer o recorte dos extrativos não madeireiros, o valor da produção foi de R$ 2,2 bilhões — desse, R$ 1,85 bilhão foi mobilizado pelo grupo de produtos alimentícios. Interconectado diretamente com os saberes da floresta e relevante para povos e comunidades tradicionais e indígenas, o extrativismo não madeireiro contribui para geração de renda, emprego e alimentação. Esses são dados do levantamento “Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2023”, do IBGE.
Entre os produtos extrativos não madeireiros, o açaí mobilizou R$ 853,1 milhões da produção, seguido da erva-mate — com R$ 589,6 milhões. Do total do valor da produção, o açaí, a erva-mate, a castanha-do-brasil, o pequi e o pinhão representaram 46%, 31,8%, 9,3%, 3,5% e 3,3%, respectivamente. Ainda de acordo com o levantamento, ao destrincharmos por estados, o Amazonas liderou a produção nacional na cadeia da castanha-do-brasil (10,6%), ao passo que o Pará registrou a maior produção de açaí — 70,2% da produção nacional. Na terceira cadeia mais extraída, o pequi teve um aumento de 34%, em comparação com os dados de 2022, e Minas Gerais foi o principal produtor.
Os dados do setor extrativista e da agricultura familiar são expressivos — e por trás de cada número existem milhões de pessoas ligadas ao trabalho rural, incluindo agricultores e agroextrativistas. Pessoas que tiram da terra seu alimento do cotidiano e seu sustento, pessoas que estabelecem conexões profundas com seus territórios e comunidades, pessoas que aplicam e buscam por estratégias produtivas eficientes e respeitosas com o meio ambiente. E é nesse contexto que o Programa Rural Sustentável se insere.
Conciliando desenvolvimento social e econômico no campo e nas florestas com práticas sustentáveis de baixa emissão de carbono, o Programa Rural Sustentável (PRS) vem transformando a realidade dos biomas do Brasil. Iniciado em 2012, deixou um legado nas florestas tropicais do país, com o Projeto Rural Sustentável – Mata Atlântica e Amazônia (2012-2019), e no semiárido brasileiro, com o Projeto Rural Sustentável – Caatinga (2029-2023). Essa história já sensibilizou diretamente mais de 17.300 produtores e produtoras no campo — com o primeiro projeto do Programa — e 1.505 famílias agrícolas na Caatinga.
O objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) do setor produtivo e aumentar a qualidade de vida no campo continua mobilizando o trabalho do Programa Rural Sustentável nos dois maiores biomas do país. Atuante com os Projetos Rural Sustentável na Amazônia (2022-presente) e no Cerrado (2019-presente), impulsiona tecnologias produtivas de baixo impacto ambiental, juntamente com o incentivo à sociobiodiversidade nos territórios amazônicos.
Neste Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural (25), te convidamos a conhecer histórias de impacto de cuidado com o meio ambiente e geração de renda. São histórias de pessoas que constroem os Projetos conosco — e tecem o que o Programa é.
Projeto Rural Sustentável — Cerrado (2019-presente)
Trabalhar no campo, em conexão com a terra, é uma jornada complexa — com seus encantos, sonhos, redes e entraves que desafiam a criatividade. Ser agricultor e agricultora familiar requer atenção para ouvir o que a natureza fala e disposição para inovar e encontrar caminhos diferentes para conseguir o sustento.
No Projeto Rural Sustentável - Cerrado, a criatividade é uma ferramenta que move e transforma vidas — no dia a dia dos ecossistemas produtivos, nos encontros de assistência técnica e oficinas, nas salas de aula para capacitação, E, junto a esse esforço de criação, também estão presentes a valorização e o apreço a esse bioma que carrega tanta diversidade, resiliência e vida.
Um exemplo dessa sinergia é o trabalho realizado por Realino Lopes, agricultor familiar em uma das Unidades Demonstrativas (UD) no Projeto, em Orizona, Goiás.
Na propriedade, a fazenda Taquaral de Cima, Realino Lopes desenvolve um Sistema Agroflorestal (SAF). Estão presentes uma diversidade de vegetais para venda — batata-doce, cenoura, cará, inhame e mandioca — frutos para venda e produção de polpas — incluindo açaí, de cajá-manga, acerola, limão, graviola e goiaba. Esses cultivos são direcionados para a merenda escolar municipal, ao comércio particular e, as frutas, vão para a mini-agroindústria de polpas, instalada com o benefício do Projeto.
Sua história de vida é atravessada pelo trabalho rural. Antes, o agroflorestor atuou como técnico agropecuário, passando, tempo depois, a dedicar-se exclusivamente à atividade leiteira. Com o tempo, a fruticultura chamou a atenção — e segue nessa área produtiva até hoje. A tecnologia implantada para cultivo dialoga com um histórico de conservação da propriedade, cuidado aprendido com o pai de Realino: cerca de 40% da fazenda tem o Cerrado preservado.
Quando perguntado quais espécies nativas do Cerrado habitam a propriedade, o agricultor precisa de um tempinho para listar a biodiversidade. Frutíferas, ornamentais e medicinais. “Eu tenho diversas plantas do Cerrado [aqui na propriedade]. Hoje, elas não são tão comerciais ainda, mas eu quero fazer uma parte da agrofloresta com produtos do Cerrado. Aqui tem pequi, tem angá (ou ingá), veludo branco… Tem mamacadela, pé-de-anta, algodãozinho e maria pobre, que são medicinais. O jacarandá, que é uma árvore do Cerrado, e os ipês — branco e rosa”, Realino puxa na memória. “E tem uma espécie de coqueirinho aqui também, que os bichos gostam de comer a polpa”, detalha.
A biodiversidade vai além de vegetais. Pelo nível de conservação, os animais encontram um refúgio no lar de Realino Lopes: ali aparecem espécies de macaco, jacu, quati, tatu, tamanduá e mutum — isso sem mencionar os pássaros. Para ele, conservar o bioma e realizar práticas produtivas sustentáveis são formas de gerar estabilidade ao meio ambiente, “para poder melhorar a proteção ambiental que vai favorecer a saúde da gente, da nossa família e também do nosso cultivo — com produtos mais sadios para o mercado”, complementa.
No dia a dia, Realino exercita a criatividade para lidar com desafios e expandir novos horizontes. Atualmente, o principal dilema é o processo de organização e de inserção no mercado das polpas de fruta — nesse cenário, participar do Projeto Rural Sustentável - Cerrado se mostrou um caminho de soluções, porque apoiou e acelerou a construção da mini agroindústria de polpas na Unidade Demonstrativa. Agora, um dos caminhos que almeja é aproveitar a biodiversidade cerratense como fonte de renda, ao implementar frutos do Cerrado na agrofloresta.
Esse é um mercado que ainda tem muito a ser explorado e incentivado por políticas e programas públicos e iniciativas privadas, especialmente por promover autonomia financeira da população do Cerrado, conciliar estratégias de conservação dos ecossistemas e mobilizar o desenvolvimento sustentável no bioma. “A valorização da biodiversidade regional possibilita atender com mais eficiência diferentes demandas do mercado consumidor, no caso de feiras, supermercados e de programas de governo, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)”, explica Josyany Mendes, coordenadora estadual do Projeto Rural Sustentável – Cerrado em Goiás.
“Esses espaços e iniciativas priorizam uma produção mais diversificada, nutritiva e saudável, e, consequentemente, representam maiores possibilidades de aumento de renda e autonomia financeira, principalmente para pequenos produtores da agricultura familiar que trabalham com espécies sazonais”, complementa.
Realizada em 2017, pesquisa desenvolvida pela Conexsus mapeou mais de 202 cooperativas e associações ligadas ao trabalho com a sociobiodiversidade do Cerrado, formados, em sua maioria, por agricultores familiares e populações quilombolas. Os dados indicam que entre 9 mil e 15 mil pessoas tiram sua renda dos produtos do bioma, como baru, pequi, cagaita, jatobá e buriti — o faturamento conjunto das organizações chegou a R$139 milhões.
Além do impacto financeiro, sendo muitas vezes uma fonte de renda extra alternativa aos cultivos plantados frequentemente, o incentivo ao mercado da sociobioeconomia cerratense reduz o impacto ambiental do setor produtivo e mitiga a emissão dos gases do efeito estufa (GEE). “Essas práticas impulsionam uma maior produção de espécies nativas do bioma, assim como incentivam um modelo de produção mais sustentável, utilizando menos químicos, contribuindo também para o equilíbrio ecológico e dinâmico dos ecossistemas produtivos”, a coordenadora estadual contextualiza.
Esse novo mercado dialoga diretamente com os objetivos do Projeto Rural Sustentável - Cerrado: mitigar as emissões do efeito estufa, promovendo práticas produtivas sustentáveis e a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono, em pequenas e médias propriedades do bioma. Em consonância, disponibilizar assistência técnica e extensão rural (ATER), ações de capacitação, dias de campo e mobilizar pesquisas sobre sustentabilidade no território.
Projeto Rural Sustentável — Amazônia (2022-presente)
Na floresta amazônica, o trabalho com a terra estabelece uma forma de coexistência profunda entre gente e natureza. Pessoas desenvolvem seus sustentos e modos de vida a partir dos ecossistemas, crescem, resistem e lutam juntos pela floresta e seus povos de pé. É um crescimento interconectado e milenar que gera riquezas e saberes incomparáveis, conhecimentos e aprendizados íntimos da sociobiodiversidade desse bioma tão fundamental para a vida no Brasil e no mundo.
Agricultores e agricultoras familiares, agroextrativistas, povos indígenas, populações quilombolas, povos tradicionais e ribeirinhos protagonizam o trabalho nas florestas e nos campos amazônicos. Articulam, diariamente, a manutenção de suas formas de viver e a garantia do sustento com a conservação do bioma, gerando um grande impacto na contenção das mudanças climáticas.
Aqui, você vai conhecer a história de Maria Josefa Machado Neves, uma mulher amazônica que representa tantas outras. Em sua trajetória por uma melhor qualidade de vida nos territórios, seu trabalho em rede vem promovendo autonomia entre as trabalhadoras rurais em São Félix do Xingu, no estado do Pará.
Com pais agricultores familiares, Maria Josefa cresceu na roça, em contato com o plantar e colher nas terras amazônicas. “Ao longo da minha vida, hoje nos meus 54 anos, já fiz de tudo que se faz na roça de plantio. Eu já fiz e ainda sei fazer”, compartilha a presidente da Associação das Mulheres Produtoras de Polpa de Fruta (AMPPF).
Iniciada em 2 de março de 2012, a associação surgiu a partir de um pequeno grupo de produtores que entregava polpas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Em determinado momento, uma ‘mulher muito guerreira’, gentilmente Maria Josefa rememora, chamou os produtores para formarem uma associação, já que muitas frutas apodreciam nos quintais, sem aproveitamento. “Ela lutou tanto pela associação! Quando a gente começou, tivemos muitos altos e baixos, mas quando a gente caia, tentávamos levantar. E uma das maiores quedas foi quando nós perdemos ela, em 2017. Nós quase desistimos, mas ela era muito influente e sempre dizia para a gente seguir em frente com a associação”, relembra a presidente.
Na época, ela e sua família desenvolviam uma lavoura branca — sazonal, é uma cultura agrícola temporária, que dura no máximo um ano e que precisa ser replantada a cada ciclo. Em 2016, já haviam começado a plantar cacau, mas passaram por um grande desafio: toda a lavoura pegou fogo, destruindo 1.500 cacaueiros produtivos.
“A gente perdeu essa plantação toda. Vendemos a terra, porque era perto de fazendeiros, e compramos a terra onde, hoje, eu moro, que é uma chacarazinha. Mas tudo mudou muito. Eu vendi uma terra grande e comprei uma terra pequena e a terra pequena me dá mais do que a terra grande me daria”, resgata Maria Josefa. Na época, quando comprou o terreno que hoje chama de lar, só havia capim. Decidida, reflorestou toda a propriedade — “e agora ela está toda plantada com cacau e com os sistemas agroflorestais que desenvolvemos aqui, com as frutíferas. Praticamente, eu moro no meio da floresta”, detalha. E toda essa história, ela conta, foi transformada a partir do momento em que engajou mais na associação.
A AMPPF é construída por 66 associados, sendo 48 mulheres e 18 homens. Maria Josefa explica que a associação é inteiramente dirigida por mulheres: os homens que participam são maridos e filhos. “A gente até brinca que eles são os nossos carregadores de caixa”, conta com senso de humor. Um dos objetivos da organização, para o futuro, é separar a sociedade em duas modalidades: sócios fornecedores — aqueles que entregarão os frutos — e sócios ativos — os que participam diretamente das decisões coletivas.
E esse coletivo produz com diversidade: junto às polpas de frutas, cultivam cacau e amêndoa e produzem mel. A variação de produtos dialoga com a sociobiodiversidade amazônica, aspecto bem valorizado pelas produtoras. “Os frutos da biodiversidade amazônica são muito importantes para nós, polpeiras, como eu chamo”, explica a presidente.
“Os frutos garantem a renda das famílias. São importantes não só pela ajuda financeira, mas também pelo protagonismo feminino, gerando também o empoderamento feminino. A mulher vai complementar a renda de casa e também terá o seu próprio dinheiro”, complementa.
O impacto da produção com a biodiversidade no território vai além do fator econômico: impacta, também, na autonomia financeira das mulheres associadas. “Quando ela trabalha e ganha seu dinheiro, ela sempre considera primeiro a família, ajudar o marido, depois que vem o pensamento que pode comprar algo para si. Aqui, ela complementa a renda de casa e também pode fazer o que quiser com o próprio dinheiro, sem precisar do marido”, Maria Josefa contextualiza. E reforça: “a nossa associação mudou completamente a vida de todas as mulheres que estão dentro desse grupo coletivo”.
Os associados estão espalhados pelo município de São Félix do Xingu — em Manguari, Tancredo Neves, Nereu, Xadá e Santa Rosa. E em todas essas regiões, o principal desafio enfrentado pelos agricultores familiares é o uso de agrotóxico pelas propriedades vizinhas, que acabam contaminando a produção da AMPPF e reduzindo a produtividade das plantas frutíferas. “Os produtores vizinhos a onde eu moro estão inseridos na associação e a gente aprendeu a reflorestar com os sistemas agroflorestais. Mas, agora, nós estamos lutando para poder plantar. Plantamos, mas aparece um drone ou um avião com veneno e mata. Estamos sofrendo muito com isso”, desabafa.
Apesar dos desafios enfrentados pela associação, a presidente reforça que todo o grupo associado nunca perdeu a esperança. Tiveram esperança e resiliência para lidar com as dificuldades, continuando nessa jornada apesar dos altos e baixos de ser agricultor familiar… E seguiram. “Para o futuro, eu espero uma mudança, uma melhoria. Que a gente, a cada dia que passa, a cada ano que passa, a gente possa melhorar. Mesmo que às vezes seja um pouco difícil, a gente nunca desiste. A gente só espera que o amanhã seja melhor”, a presidente deseja.
E é aqui que o Projeto Rural Sustentável – Amazônia se insere, dialogando com os desejos de esperança e busca por uma melhor qualidade de vida no campo, conciliando o produzir com respeito à natureza e a promoção de mais dignidade nos territórios. “O projeto vem apoiando com capacitações e com os equipamentos. E isso nos auxilia a evoluir a nossa produção, porque a gente precisa de muito maquinário, por exemplo”, a presidente nos conta. “Com os equipamentos, os treinamentos e as oficinas, percebemos que temos muitas coisas boas ainda por fazer, para a gente aprender e auxiliar no processo produtivo”, complementa.
Com especial foco na valorização da sociobiodiversidade amazônica e na promoção de técnicas produtivas que respeitam a natureza, o Projeto entende que, para promover melhores condições de vida nesses territórios pela ótica produtiva, é fundamental conciliar os saberes tradicionais com conhecimentos técnicos. E essa transformação é construída em conjunto, explica Quênia Barros, coordenadora de campo do Projeto Rural Sustentável – Amazônia.
“Agroextrativistas, povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares são protagonistas da economia da sociobiodiversidade. Seus modos de vida e produção sustentáveis contribuem diretamente para a conservação dos ecossistemas, a mitigação das mudanças climáticas e a melhoria da qualidade de vida nos territórios”, afirma a coordenadora.
Nesse cenário, “valorizar a sociobiodiversidade é apoiar cadeias produtivas sustentáveis, respeitar saberes tradicionais, fomentar mercados justos e fortalecer a autonomia produtiva e financeira das comunidades”, complementa. E reforça: “isso significa reconhecer que a floresta viva tem valor — e que esse valor precisa chegar às mãos de quem a protege todos os dias”.
É uma caminhada complexa que, igualmente como o trabalho nos campos e nas florestas, carrega seus aprendizados, orgulhos e dilemas. Mas que, em algum momento, recompensa.
“Nós temos os desafios, mas estamos na luta. Nós somos mulheres guerreiras, não desistimos fácil, por mais duro que seja. Já passamos por muitas coisas que poderiam nos fazer desistir, mas se tivéssemos desistido, não estaríamos aqui, onde nós estamos hoje, eu conversando com você e falando sobre a nossa realidade”, Maria Josefa reflete.
E finaliza, nos emocionando: “Porque tudo que eu estou falando aqui, não é só de mim. Eu conto um pouco das histórias de todas as outras associadas. Cada uma delas tem a sua história e essas histórias mudaram bastante. E mudou bastante, somos felizes e estamos juntas”.
Também se encantou com essas histórias? Venha conhecer os projetos mais de perto!
Integração e inovação: confira a retrospectiva do PRS - Cerrado em 2024
Trilha de Fortalecimento, uma nova edição do Mestrado Profissional, finalização das Ações de Popularização e de Pesquisa, início das entregas dos Benefícios Coletivos… foram muitas as conquistas do Projeto Rural Sustentável - Cerrado em 2024. Entre todas as ações realizadas ao longo do ano, esteve sempre o compromisso de aproximar a agropecuária mais sustentável e de baixa emissão de carbono dos nossos(as) beneficiários(as). Diariamente, produtores e produtoras rurais, representantes de organizações socioprodutivas, estudantes, técnicos(as) e instituições de ATER, e pesquisadores(as), nos ajudaram a caminhar em busca do nosso principal objetivo: um rural mais verde e sustentável!
Sensibilização dentro e fora da sala de aula
Muitas foram as ações do Programa de Capacitação do PRS - Cerrado neste ano, algumas dentro da sala de aula e outras que foram levadas ao campo. Começamos o ano com o início da Trilha de Fortalecimento de Organizações Socioprodutivas (OSPs) e Formação de Lideranças, marcada por uma live com o Secretário-Adjunto da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Pedro Alves Corrêa Neto, para falar sobre “A importância do cooperativismo e associativismo no meio rural”.
Ainda dentro da Trilha, as Organizações Socioprodutivas (OSPs) beneficiárias do Projeto participaram de Oficinas de Formação de Lideranças. Por meio dessas atividades, buscamos fortalecer as cooperativas, associações e sindicatos rurais a partir do desenvolvimento pessoal, boas práticas de liderança, sucessão no campo e outros temas correlatos.
No Mestrado Profissional, tivemos a abertura da 3ª Edição através de uma Aula Magna com a Secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Bueno Miranda, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que trouxe reflexões sobre o tema “Inovações e sustentabilidade na produção rural do Cerrado”. As aulas presenciais da 3ª Edição do Mestrado também aconteceram neste ano, tendo início em maio, na Universidade Federal de Lavras (UFLA) – a nossa parceira nesta ação.
Nas escolas públicas urbanas e rurais dos quatro estados de atuação do PRS - Cerrado, reunimos estudantes do Ensino Fundamental e Médio para serem premiados por suas participações na Jornada de Aprendizagem das Ações da Popularização da Produção Rural Sustentável e do Jogo Coopera Cerrado do ano de 2023. Todos os estudantes de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais participaram da premiação em seus estados, e as escolas que alcançaram a categoria Super Sustentável vieram até Brasília (DF) para mais um momento de conquistas. E por falar nisso, este foi o ano em que finalizamos as Ações de Popularização da Produção Rural Sustentável – foram duas edições com mais de 3 mil estudantes envolvidos e sensibilizados em torno da sustentabilidade.
Para finalizarmos o ano com a educação em foco, polos presenciais do EaD Introdutório – realizado em parceria com o Canal Futura – foram levados ao campo durante os meses de novembro e dezembro, com o objetivo de tornar o conteúdo dos cursos de Educação a Distância mais acessível aos produtores(as) rurais e democratizar o conhecimento.






Lado a lado com as OSPs
Além das Oficinas de Fortalecimento e Formação de Lideranças, realizadas pelo Programa de Capacitação junto às OSPs, realizamos algumas Oficinas de Integração com as organizações beneficiárias do Projeto. Os objetivos foram: aproximação, mobilização e integração, principalmente em torno do processo de aquisições e entrega dos Benefícios Coletivos. As oficinas foram um importante passo que viabilizaram, enfim, o início da entrega destes benefícios, considerados investimentos que ajudam a fortalecer tanto as cadeias de valor da agricultura e pecuária de baixa emissão de carbono, quanto o papel das OSPs na produção e comercialização, gerando renda e fortalecendo as associações, sindicatos e cooperativas rurais.
Outras importantes ações, realizadas diretamente no campo, foram as duas rodadas das ATERs Coletivas realizadas ao longo de 2024. Compostas por Dias de Campo que trouxeram temas relevantes dentro da agropecuária sustentável, as rodadas fizeram parte da trilha de UM do Projeto, promovendo momentos de intercâmbio de experiências entre as instituições de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e os(as) beneficiários(as) do PRS - Cerrado.




Pesquisas e inovações no Cerrado
Com o objetivo de apresentar as pesquisas que estão impulsionando avanços e inovações para uma produção mais sustentável no campo, o Projeto realizou diversos Seminários em torno destes trabalhos. Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais receberam os eventos que contemplaram gestores públicos, pesquisadores(as), estudantes, produtores(as) rurais, Organizações Socioprodutivas parceiras, além de representantes do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA), e a equipe do Projeto.
Por fim, o Seminário Final das Pesquisas e Apresentação da Produção Técnica e Acadêmica da 1ª Edição do Mestrado Profissional reuniu mais de 120 pessoas em Brasília (DF) para debater a importância das ações de pesquisa e capacitação para a transformação sustentável da agropecuária brasileira. Além da apresentação das pesquisas apoiadas financeiramente pelo Projeto, o evento também trouxe as dissertações dos participantes da 1ª Edição do Mestrado Profissional.
Para simbolizar a finalização das ações de pesquisa do Projeto, foi lançado o livro “Inovações Rurais no Cerrado: Pesquisas para a prática sustentável”. A publicação registra todos os principais resultados científicos alcançados por esse investimento ao longo de aproximadamente dois anos. A leitura é online e gratuita para todos(as).




Esperamos que 2025 continue nos trazendo muitas inovações e aprendizados para que possamos construir, juntos(as), um rural mais sustentável!
Veja também:
Futuro Sustentável: o que dizem os especialistas sobre as mudanças climáticas?
EaD Introdutório: Polos Presenciais reuniram mais de 280 produtores(as) rurais
Tornar o conteúdo dos cursos de Educação a Distância mais acessível aos produtores(as) rurais e democratizar o conhecimento – esse foi o objetivo dos Polos Presenciais de EaD Introdutório para Produtores(as) Rurais, promovidos pelo Projeto Rural Sustentável - Cerrado. As atividades, que aconteceram entre os dias 9 de novembro e 5 de dezembro, reuniram mais de 280 participantes, nas treze microrregiões dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Seu Rosalvo Motta é presidente da Associação do Assentamento Esperança em Anaurilândia (MS) e foi um desses alunos, tendo participado do polo no município de Nova Andradina. Com novos conhecimentos em torno das mudanças climáticas e novas experiências para serem aplicados no seu dia a dia no campo, ele compartilha: “eu estou extremamente satisfeito por ter participado do curso, pois falamos de baixa emissão de carbono e essa é uma das coisas mais essenciais no nosso país atualmente. Esse curso foi uma das melhores ações que já participamos no Projeto Rural Sustentável - Cerrado.”
A propagação do conhecimento, inclusive, não ficou só para os(as) produtores(as) rurais. A jovem estudante Maria Luísa, de 11 anos, acompanhou os pais durante o curso em Nova Andradina e saiu de lá com muitas lições. “Aprendi muitas coisas aqui que eu ainda não tinha visto na escola, principalmente sobre o efeito estufa. Sem dúvidas foi um aprendizado muito grande pra mim”, compartilha a jovem.
Pensados para assegurar um aprendizado mútuo, os polos presenciais trouxeram uma metodologia adaptada à realidade de cada grupo de produtores(as). Os momentos foram compostos pela apresentação das videoaulas e rodas de conversa, que possibilitaram um conhecimento mais acessível e o compartilhamento das experiências entre os(as) participantes.
Educação e sustentabilidade, uma parceria PRS – Cerrado com Canal Futura
O curso de EaD do PRS – Cerrado em Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Rural Sustentável no Cerrado é realizado em parceria com o Canal Futura da Fundação Roberto Marinho. Com a carga horária de 20 horas, que pode ser distribuída ao longo de 30 dias, o curso traz três módulos e um total de nove aulas, compostas por: apostilas, videoaulas, pílulas do conhecimento, exercícios de avaliação, além do material complementar de apoio.
Além dos produtores(as) rurais beneficiários(as) do PRS – Cerrado, o EaD Introdutório é aberto para todos os públicos de forma online e gratuita. O curso é feito via Moodle, plataforma de aprendizagem virtual. Para se inscrever, basta entrar no site do Programa de Capacitação, clicar na aba “login” que aparece na parte superior direita da tela, e preencher as informações do cadastro.
Deseja aprender mais sobre as Mudanças Climáticas e o Desenvolvimento Rural Sustentável no Cerrado? Acesse o site e faça a sua inscrição agora mesmo!
Organizações Socioprodutivas participam de Oficinas de Formação de Lideranças
Desde maio, o Projeto Rural Sustentável - Cerrado esteve realizando as Oficinas de Formação de Lideranças, atividade que está inserida dentro da Trilha de Fortalecimento de Organizações Socioprodutivas (OSPs) e Formação de Lideranças do Projeto. As oficinas visam contribuir para o desenvolvimento da formação e qualificação de lideranças do Cerrado e meio rural. Desta forma, é possível fortalecer as cooperativas, associações e sindicatos rurais a partir do desenvolvimento pessoal, boas práticas de liderança, sucessão no campo e outros temas correlatos.
Até o momento, mais de 300 participantes, líderes e membros de OSPs parceiras do PRS - Cerrado, se reuniram nas 21 oficinas realizadas nos quatro estados de atuação do Projeto – Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Outros 19 eventos ainda acontecerão até o mês de agosto.
"As atividades foram muito importantes para mim porque pudemos criar um diálogo aberto para ouvir as pessoas do grupo e nos ajudar a pensar individualmente e coletivamente."
Sra. Marivalda, líder da Associação Nacional de Fortalecimento da Agrobiodiversidade (AGROBIO), de Goiás
“Agora vejo que posso apoiar os produtores para além do meu conhecimento técnico. Posso agregar mais e buscar ser útil.”
Sr. Claubert, coordenador técnico da Cooperativa dos Produtores Rurais da Região de São Simão (COOPASS), de Minas Gerais







“A oficina fortaleceu nos participantes o reconhecimento da importância que o Projeto Rural Sustentável - Cerrado tem para eles. O evento promoveu um movimento de sinergia entre as lideranças ali presentes e todos saíram com ideias de reunir as comunidades para discutir projetos em comum e compartilhar o que vivenciaram."
Elisa Alkimin, facilitadora das Oficinas de Formação de Lideranças em Minas Gerais
Trilha de Fortalecimento de Organizações Socioprodutivas (OSPs) e Formação de Lideranças
As Oficinas de Formação de Lideranças é uma ação do Programa de Capacitação do PRS - Cerrado. Elas se inserem dentro de uma trilha que ocorrerá durante todo o ano de 2024, com o objetivo de promover o Fortalecimento das Organizações Socioprodutivas (OSPs) parceiras do Projeto. Essa Trilha foi lançada a partir de um evento on-line, realizado em fevereiro deste ano, com a presença do Secretário-Adjunto da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Pedro Alves Corrêa Neto.
“As comunidades e organizações rurais desempenham um papel fundamental para a segurança alimentar e sustentabilidade socioambiental e econômica do campo e da cidade. Com a implementação de práticas produtivas sustentáveis e de baixa emissão de carbono, é possível aliar produção e conservação dos recursos naturais e fortalecer coletivos de produtores e produtoras. Nesse cenário, o papel de uma liderança qualificada ganha muito destaque e por isso nós preparamos essas atividades e trilha”, destaca a Gerente de Cursos Presenciais do Programa de Capacitação, Marília Nepomuceno.
Além destas oficinas, ao longo de 2024, as OSPs passarão por outras atividades como o EaD Introdutório e Avançado, encontros presenciais no formato de Dia de Campo, palestras temáticas, cursos presenciais e oficinas participativas com as famílias. O foco principal é fortalecer as 40 OSPs parceiras do Projeto, que reúnem mais de 3 mil produtores e produtoras rurais, por meio de ações que promovam melhores condições de gestão destas organizações socioprodutivas.
Pesquisas que impulsionam rural sustentável são apresentadas no Mato Grosso do Sul
Na quarta-feira, 08/05, aconteceu o primeiro Seminário de divulgação das Pesquisas apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável - Cerrado, com foco no estado do Mato Grosso do Sul. Com o objetivo de apresentar as pesquisas que estão impulsionando avanços e inovações para uma produção mais sustentável no campo. O evento reuniu cerca de 80 participantes na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS), dentre gestores públicos, pesquisadores(as), estudantes, produtores(as) rurais, Organizações Socioprodutivas parceiras do projeto, além de representante do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA), e a equipe do Projeto.
Participaram da mesa de abertura: Dr. Antonio do Nascimento Ferreira Rosa, Chefe Geral da Embrapa Gado de Corte; Marília Ramos, Coordenadora de Campo do PRS - Cerrado; Márcio Alexandre Diório Menegazzo, Chefe da Divisão Desenvolvimento Rural (DDR-MS); e o Dr. Ladislau Araújo Skorupa, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e coordenador técnico científico das pesquisas do PRS - Cerrado.
Ao todo, 10 pesquisas do Mato Grosso do Sul foram apresentadas. Clique aqui e confira todos os detalhes sobre cada uma das pesquisas do estado.
“Eventos como esse são de extrema importância para nós que trabalhamos com ensino. Desta forma, nós sabemos exatamente o que levar para os nossos alunos que, no futuro, serão as pessoas que trabalharão com essas tecnologias. Além disso, é fundamental essa troca entre quem faz a pesquisa e quem vai de fato utilizar o resultado dela.”
Prof. Dra. Maria Aparecida do Nascimento, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), curso de Agronomia
"A importância dessa parceria do Projeto Rural Sustentável - Cerrado com a Embrapa se comprova a partir das demandas dos produtores para melhorar a produtividade de suas propriedades com sustentabilidade."
José Ubirajara Garcia, Embrapa
Previous"O mais interessante desses eventos é ver diferentes pessoas de diferentes funções dialogando para buscarmos soluções em conjunto para os desafios da ciência, da bioeconomia e da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Fiquei muito feliz de ver que estamos avançando na área com o apoio do Projeto Rural Sustentável - Cerrado e da Embrapa"
Reinaldo Lucena, pesquisador, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)
Next
O investimento em pesquisas no Estado do Mato Grosso do Sul
O PRS – Cerrado visa promover a geração de conhecimento e fortalecer a massa crítica de instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento e pesquisadores(as) envolvidos(as) nas temáticas que englobam a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono no Cerrado. Para isso, fornece apoio financeiro para a execução de projetos de pesquisa em duas linhas de atuação:
• Edital de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) – destinado a instituições de ensino e pesquisa e seus pesquisadores(as), visa atrair novas iniciativas e inovações direcionadas para sistemas sustentáveis de produção agropecuária com foco na agropecuária de baixa emissão de carbono e inovações tecnológicas e de mercado nos estados de atuação do projeto;
• Pesquisas Direcionadas – engloba os projetos que objetivam responder às principais lacunas e demandas de conhecimento atuais no tema e nas tecnologias apoiadas pelo projeto, além de acompanhar e monitorar pesquisas prioritárias para o alcance dos objetivos do projeto.
Com o investimento de mais de 12 milhões de reais, o PRS – Cerrado apoia 35 pesquisas científicas agrupadas por temáticas, sendo 13 delas da linha das Pesquisas Direcionadas e 22 contempladas pelo processo de seleção do Edital de Pesquisa e Desenvolvimento. Só no Estado de Mato Grosso do Sul o investimento foi de mais de R$ 1,9 milhão em 9 diferentes temáticas de pesquisa, dentre elas 6 unidades da Embrapa, o Instituto Homem Pantaneiro, a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e o Instituto Federal do Mato Grosso do Sul.
Coopera Cerrado: Estudantes goianos são premiados
No dia 11 de abril, 10 escolas do estado de Góias foram premiadas por suas participações na Jornada de Aprendizagem das Ações da Popularização da Produção Rural Sustentável e do Jogo Coopera Cerrado do ano de 2023. O evento aconteceu durante a manhã na Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), em Goiânia, e contou com 85 participantes, entre estudantes, professores(as), representantes de secretarias de educação do estado, pesquisadores(as), além da equipe técnica do PRS - Cerrado.
As atividades realizadas pelos estudantes fazem parte das Ações de Popularização do Projeto e consistem em vivências, oficinas, atividades de imersão e de trocas de experiências entre crianças e jovens, acerca do seu pertencimento à natureza no bioma Cerrado.
Os patamares do prêmio consistiram nos níveis Básico, Top, Super com o valor do prêmio podendo chegar até R$ 8 mil. Todos os recursos financeiros serão destinados ao financiamento de projetos elaborados pelas escolas para melhorias nas instalações e/ou promoção de atividades comunitárias e socioambientais.
As escolas premiadas de Goiás foram:
- Escola Municipal Maria Bárbara Sucena
- Escola Municipal Geraldo Rezende Mendonça – Ladico
- Escola Municipal Geraldo Silvio de Lima
- Centro de Ensino em Período Integral Dom Veloso
- Escola Municipal Celina Leite Guimarães Mattos
- Escola Municipal Rio Paraíso III
- Escola Municipal Ponte de Pedra
- Escola Estadual Dona Iayá
- Escola Municipal Feliciana Ivo Pereira
- Escola Municipal Ulisses Guimarães
Previous
Next
Em maio, será realizado um evento em Brasília (DF) para premiar as quatro escolas - uma por estado - que alcançaram a categoria Super Sustentável. Essas escolas ganharão um valor adicional de R$ 10 mil.
Crianças mato-grossenses são premiadas pelo Jogo Coopera Cerrado
No dia 21 de março, 10 escolas do estado de Mato Grosso foram premiadas por suas participações na Jornada de Aprendizagem das Ações da Popularização da Produção Rural Sustentável e do Jogo Coopera Cerrado do ano de 2023. O evento aconteceu durante a manhã na Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), em Cuiabá, e contou com 56 participantes, entre estudantes, professores(as) e representantes de secretarias de educação do estado.
Segundo a Gerente de Empoderamento Social do PRS - Cerrado, Denise P. Agustinho, “o encontro proporcionou que essa rede de escolas transformadoras de suas realidades partilhassem ainda mais experiências entre elas. As crianças ficaram muito felizes de receber o prêmio pelo trabalho coletivo que fizeram e de ir até a capital celebrar isso com muita animação e música”.
As escolas premiadas de Mato Grosso são:
- Escola Estadual Militar Dom Pedro II “André Maggi”
- Escola Municipal Monteiro Lobato
- Escola Municipal Deus É Amor
- Escola Estadual Campo Vila União
- Centro Municipal de Educação Básica Castro Alves
- Escola Municipal Elza Martins de Queiroz Oliveira
- Escola Municipal Matilde Luiza Z. Gomes
- Escola Estadual Gustavo Dutra / Campo
- Escola Estadual Paulo Freire
- Escola Estadual Marcio Schabatt Souza*
* A escola é premiada, mas não esteve presente no evento.
PreviousNext
Cooperação entre crianças e jovens
O Jogo Coopera Cerrado não é uma competição, mas uma colaboração entre os(as) participantes e as escolas. A pontuação é atribuída de acordo com a cooperação e compartilhamento de benefícios entre si e entre a comunidade escolar. As atividades fazem parte das Ações de Popularização do PRS - Cerrado e consistem em vivências, oficinas, atividades de imersão e de trocas de experiências entre crianças e jovens, acerca do seu pertencimento à natureza no bioma Cerrado.
Os patamares do prêmio consistiram nos níveis Básico, Top e Super, com o valor do prêmio podendo chegar até R$ 8 mil. Todos os recursos financeiros serão destinados ao financiamento de projetos elaborados pelas escolas para melhorias nas instalações e/ou promoção de atividades comunitárias e socioambientais.
Já as melhores escolas premiadas na categoria Super, que realizaram interações com outras instituições, ganharão um valor adicional de R$ 10 mil, classificando-se na categoria Super Sustentável, premiação destinada a apenas uma escola por estado. Em maio, será realizado um evento em Brasília para premiar as quatro escolas que alcançaram essa categoria.
Retrospectiva dos Dias de Campo do PRS – Cerrado em fevereiro
O mês de fevereiro no PRS - Cerrado contou com 700 participações nos 20 Dias de Campo (DCs) que aconteceram nos quatro estados de atuação do projeto: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Os DCs acontecem em Unidades Demonstrativas (UDs) e Unidades Multiplicadoras (UMs) do projeto e reúnem produtores e produtoras rurais, representantes de organizações socioprodutivas, estudantes, técnicos(as) e instituições de ATER, palestrantes qualificados, além das instituições que nos apoiam localmente.
O objetivo desses DCs é realizar uma troca de experiências e conhecimentos a respeito da utilização de novas tecnologias sustentáveis no campo, tendo em foco a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), a Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD) e os Sistemas Agroflorestais (SAFs). Além de todo o conhecimento técnico repassado, os participantes podem ver os temas na prática, facilitando o aprendizado e propagando novos meios de se trabalhar com um campo mais sustentável.
“A gente tem recebido, durante os vários Dias de Campo, informações para cuidar melhor da nossa terra e do nosso trabalho. Esses momentos são muito bons e trazem bastante aprendizado, nós só temos a agradecer ao Projeto Rural Sustentável - Cerrado, que veio para incrementar a nossa vida como produtores rurais.”
Dona Lúcia, produtora rural
Anaurilândia (MS)
ATER Coletiva
Dentre os 20 eventos que aconteceram ao longo do mês, seis deles foram dedicados às ATERs Coletivas. Esses DCs fazem parte da trilha de UM do projeto e servem como um momento de intercâmbio de experiências entre as instituições de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e os(as) nossos(as) beneficiários(as), destinado à criação de um espaço de troca e dúvidas relacionadas à implantação de tecnologias sustentáveis.
O PRS - Cerrado realiza os DCs mensalmente, caso tenha interesse em participar, procure o(a) monitor(a) de sua região ou acesse a agenda de março para ficar por dentro dos próximos eventos.









Retrospectiva dos Dias de Campo do PRS – Cerrado em janeiro
O PRS - Cerrado iniciou suas atividades em 2024 com diversos eventos em campo voltados para os(as) beneficiários(as) do projeto. Em janeiro, tivemos 458 participações nos 13 Dias de Campo (DCs) realizados nos quatro estados de atuação: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Os DCs acontecem em Unidades Demonstrativas (UDs) e Unidades Multiplicadoras (UMs) do projeto e reúnem produtores e produtoras rurais, representantes de organizações socioprodutivas, estudantes, técnicos(as) e instituições de ATER, palestrantes qualificados, além das instituições que nos apoiam localmente.
O objetivo desses DCs é realizar uma troca de experiências e conhecimentos a respeito da utilização de novas tecnologias sustentáveis no campo, tendo em foco a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), a Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD) e os Sistemas Agroflorestais (SAFs). Além de todo o conhecimento técnico repassado, os participantes podem ver os temas na prática, facilitando o aprendizado e propagando novos meios de se trabalhar com um campo mais sustentável.
“Esses momentos proporcionados pelo PRS - Cerrado, combinados à assistência técnica, fazem com que nós consigamos melhorar a nossa produção e manejo. São aulas bem aproveitadas e com ótimos ensinamentos.”
Produtor rural Marcos
Assentamento Santa Clara em Bataguassu (MS)
O PRS - Cerrado realiza os DCs mensalmente, caso tenha interesse em participar, procure o(a) monitor(a) de sua região ou acesse a agenda de fevereiro para ficar por dentro dos próximos eventos.







